Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de junho de 2016
Em negociação para fechar a sua delação premiada à Operação Lava-Jato, o ex-deputado Pedro Corrêa relatou aos procuradores federais que o então senador Francisco Dornelles (PP-RJ) recebeu 9 milhões de reais em propina para abafar a CPI da Petrobras, instaurada no Senado em 2009.
Dornelles ocupa, atualmente, o cargo de governador interino do Rio de Janeiro, devido ao afastamento do titular Luiz Fernando Pezão para tratamento de câncer.
As informações constam em anexo da colaboração. Conforme o depoimento, o dinheiro teria vindo da empreiteira Queiroz Galvão por meio do seu ex-diretor Ildefonso Colares Filho.
Combinação
Conforme Corrêa, na época da CPI o PP tinha um acerto com a Queiroz Galvão, em um total de 37 milhões de reais, referente a obras da Refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco. O delator também afirmou que o trato foi fechado pelo ex-diretor da construtora, Othon Moraes Zanoide Filho, em conversa com o doleiro (e também colaborador da força-tarefa) Alberto Yousseff.
O acordo de Corrêa com a Lava-Jato ainda precisa ser homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ele já foi condenado a 20 anos de prisão por envolvimento no escândalo do petrolão e a outros sete anos por participação no mensalão.