Terça-feira, 16 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de outubro de 2015
O ex-gerente-geral da Diretoria Internacional da Petrobras Eduardo Musa entregou ao MPF (Ministério Público Federal) os extratos de sua conta no banco Julius Baer, na Suíça. Foi por ela que confessou ter recebido sua cota da propina de 5 milhões de dólares paga pelo Grupo Schahin, pelo contrato de operação do navio-sonda Vitoria 10000.
São pagamentos da Casablanca International Holding, usada pela Schahin, investigada por cartel e corrupção na Petrobras, para pagamentos de 2011 a 2013.
O acerto da propina e a contratação da Schahin foi fechado pelo pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva – e pelo operador do PMDB Fernando Antonio Soares Falcão, o Fernando Baiano, o mais novo delator-bomba da Lava-Jato.
Em encontro no escritório de Fernando Baiano, no Rio, ele e Bumlai acertaram o pagamento de 5 milhões de dólares, viabilizado por Fernando Schahin, para o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso desde janeiro, e dois ex-gerentes da área, Luis Carlos Moreira e Musa. “Referente à empresa Schahin Engenharia, todos os depósitos eram no valor de 48 mil dólares”, afirmou Musa, no termo de delação número 8.
Musa foi gerente da Diretoria Internacional de 2006 a 2008. Ele deu os nomes de outras empresas usadas pelo grupo para os pagamentos em sua conta no banco Julius Baer, na Suíça. (AE)