Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2016
O ex-ministro e ex-deputado Antonio Delfim Netto defendeu que a presidenta Dilma Rousseff apresente, em 2 de fevereiro, projetos de reforma constitucional e infraconstitucional ao Congresso, como forma de reagir à crise e evitar maiores danos ao País. Delfim disse que se não tomar atitude semelhante, o Brasil viverá um “caos”, com dois ou três anos de recessão e um longo período de “crescimento muito baixo”.
O ex-ministro levou seu posicionamento ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Delfim, “o presidencialismo não funciona sem presidente”, por isso, em sua avaliação, “é tempo de a gente entender [que] não tem mais impeachment”, devido ao fato de caber ao Senado – onde Dilma tem maioria – dar a palavra final sobre eventual impedimento. “Só tem uma saída: é a Dilma assumir de volta a Presidência ou é o caos e vamos ter que esperar mais três anos.”
Ele sugeriu que a presidenta apresente quatro reformas para o País: da Previdência Social, da flexibilização do mercado de trabalho, da desindexação e da desvinculação das verbas do Orçamento. “Com isso, abre-se o espaço para o setor privado operar”, afirmou.
“Em algum momento temos que saber quem é o responsável pelo Brasil. São os dois [Dilma e o Congresso]. Mas como podemos fazer um experimento fundamental? Apresentando as reformas para o Congresso e vamos ver se ele tem coragem de dizer não”, sugeriu. (AG)