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Política Dentro do governo, Centrão analisa rota para 2022 enquanto observa Bolsonaro e a vacinação

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(Foto: Reprodução)

Ao mesmo tempo em que garantiu assento no Palácio do Planalto, com a nomeação da deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) para a Secretaria de Governo, o Centrão ainda avalia a conveniência de aderir desde já ao projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. A queda de popularidade do chefe do Executivo preocupa líderes partidários, que ainda têm dúvidas sobre o potencial que a vacinação contra o coronavírus, ainda em ritmo lento, tem para reverter o cenário.

Os nomes do Centrão mais próximos ao presidente são o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL), todos presidentes das legendas — com um grau de independência maior, também há o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD).

Esse conjunto de partidos já sinalizou ao presidente que pode apoiar uma terceira via nas eleições presidenciais, a depender do desempenho no combate à pandemia e da recuperação da economia nos próximos meses. Caso não haja uma vantagem clara no apoio, devem seguir caminhos diversos, e não necessariamente em bloco — os dirigentes avaliam que o cenário ficará mais claro apenas no ano que vem.

O Republicanos, que abriga o vereador do Rio Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (RJ), acaba de indicar o deputado João Roma (BA) para o posto de ministro da Cidadania. O partido está na base do governo no Congresso, mas ainda não demonstra que vai marchar com Bolsonaro em 2022.

A cúpula, como em outros partidos, deve aguardar para se posicionar. Pereira, ex-ministro da Indústria e Comércio de Michel Temer, indicou Roma para o ministério e é visto com bons olhos no Palácio do Planalto. O governo cogitou recriar a pasta para abrigá-lo, mas teve resistência do ministro da Economia, Paulo Guedes, hoje responsável pela área.

No caso do PL, Costa Neto, que foi preso no caso do mensalão, esteve com Bolsonaro no dia seguinte à entrega da Secretaria de Governo para Flávia Arruda,filiada à sigla. Ainda assim, segundo aliados do presidente do PL, é cedo para dizer se o partido embarcará no projeto eleitoral de Bolsonaro. De acordo com esta avaliação, o apoio a uma terceira via ou até mesmo a neutralidade são possibilidades. Em outro espectro político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem citando com frequência que o PL integrou sua chapa vitoriosa em 2002, com o vice José Alencar.

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Wellington Roberto (PB), diz que é cedo para falar sobre 2022, mas reforça que o partido, atualmente, está com Bolsonaro.

“O PL é um partido que, quando toma posição, veste a camisa. Estamos firmes na base de Bolsonaro. O PL tem palavra, lealdade e fidelidade. Basta você ver o comportamento dos parlamentares nas votações”, diz o parlamentar.

Na última eleição, após Bolsonaro rechaçar o então senador Magno Malta (PL-ES) como vice por um desacordo sobre a composição de chapa para deputados no Rio e em São Paulo, Costa Neto ajudou a costurar a aliança de cinco partidos do Centrão em torno de Geraldo Alckmin (PSDB). Se a popularidade de Bolsonaro continuar caindo, pode ocorrer um movimento semelhante — é o que dizem, em caráter reservado, os principais quadros do partido.

“Estando bem ou mal”

Dentro do Centrão, Nogueira é quem demonstra maior fidelidade ao governo. O senador quer se candidatar ao governo do Piauí em 2022. Ele rompeu com o governador Wellington Dias (PT) e deve se lançar como nome de oposição, apostando na polarização para se eleger. Em entrevista, Nogueira reafirmou que estará “ao lado” do presidente no ano que vem. Nos bastidores, é um dos nomes mais ouvidos por Bolsonaro na tomada de decisões e conseguiu indicações em diversos órgãos importantes, como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Eu não mando no partido, mas tenho uma liderança expressiva. Defendo que vamos estar com o presidente em qualquer hipótese, estando bem ou mal”, afirmou.

O PSD também deve demorar para se posicionar, em função de divergências internas. Kassab defende uma candidatura própria do partido em 2022.

Há, ainda, diversos presidentes de partidos de centro que articulam uma terceira via: ACM Neto (DEM), que tenta disputar o eleitorado de esquerda em sua campanha ao governo da Bahia em 2022; Baleia Rossi (MDB), que costura uma aliança em São Paulo com o governador tucano João Doria; e Bruno Araújo (PSDB), cujo partido tem Doria e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, entre as opções para disputar a presidência.

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