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Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2020
As autoridades de saúde norte-americanas confirmaram nessa terça-feira o primeiro caso de coronavírus nos Estados Unidos. Conforme os CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), ligados ao governo dos Estados Unidos, o paciente – cuja identidade não foi revelada – é um viajante vindo da China e recebeu o diagnosticado em Seattle (Washington).
Na última sexta-feira, as autoridades de Pequim confirmaram a sexta morte pela doença, de um total de pelo menos 200 infectados. Também foram registrados casos no Japão, Tailândia e Coreia do Sul, todos na Ásia.
O surto se espalhou da cidade chinesa de Wuhan para outros locais, como Beijing e Xangai. Pouco se sabe sobre o novo vírus e também sobre sua origem. As autoridades de saúde chinesas, porém, já constataram que a doença se transmite entre humanos, o que aumenta a preocupação de uma epidemia mundial.
O agravamento da epidemia fez a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciar, no início desta semana, a criação de um comitê de emergência para tratar do vírus. O grupo vai se reunir nesta quarta-feira em Genebra (Suíça), para decidir se classifica o surto como “uma emergência de saúde pública de alcance internacional” e quais recomendações devem ser feitas a nível global.
Desde a semana passada, três aeroportos americanos haviam passado a monitorar viajantes vindos da China. Neste mês, o Ministério da Saúde também publicou um comunicado este mês às vigilâncias sanitárias de portos e aeroportos brasileiros para que reforcem os cuidados e orientações aos viajantes.
Entenda
A origem do chamado “novo coronavírus 2019” ou “2019-nCoV” ainda é desconhecida. A hipótese mais provável é de que a fonte primária do vírus seja animal e que tenha começado a circular em um mercado de frutos do mar em Wuhan. As autoridades, porém, não identificaram qual foi o suposto animal infectado ou como começou a transmissão.
Coronavírus são uma grande família de vírus da qual alguns são responsáveis por causar doenças em humanos. A maioria circula em animais como camelos, gatos e morcegos.
Conforme os cientistas, coronavírus animais raramente podem evoluir, infectar pessoas e se espalhar, como foi observado durante os surtos da Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio, na sigla em inglês) e da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave, em inglês).
A SARS também surgiu na China e deixou mais de 800 mortos no mundo entre 2002 e 2003. O agravamento do surto no novo coronavírus fez a OMS anunciar a criação de um comitê de emergência para tratar do vírus.
O principal sintoma do novo coronavírus chinês é uma febre forte, que pode vir acompanhada de tosse, aperto no peito, falta de ar e dificuldade de respirar. Alguns pacientes examinados tinham líquido nos pulmões, caracterizando pneumonia viral.
Vários pacientes internados em Wuhan frequentavam o mercado de frutos do mar da cidade chinesa, o que sugeriu inicialmente que a transmissão do novo coronavírus ocorresse dos animais para as pessoas. No entanto, cresceu significativamente nos últimos dias a quantidade de infectados que não tiveram nenhum tipo de contato com o mercado, indicando que a transmissão da doença possa se dar de pessoa para pessoa. O governo chinês confirmou a informação.
Dentre as medidas de prevenção estão ações básicas como lavar sempre as mãos, evitar locais com grandes aglomerações e sempre ficar atento a sintomas como febre, dores no corpo e problemas respiratórios.