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Por Redação O Sul | 25 de maio de 2021
Alê Silva alegou que foi chamada de "miliciana" e "genocida" por uma atendente no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte
Foto: Reprodução/Redes SociaisA deputada federal Alessandra Silva (PSL-MG), conhecida como Alê Silva, foi retirada pela PF (Polícia Federal) de uma aeronave no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), depois de se negar a passar pelo processo de inspeção física da bagagem, na manhã desta terça-feira (25).
Ela alegou que foi chamada de “miliciana” e “genocida” por uma atendente. De acordo com a BH Airport, concessionária que administra o aeroporto, durante o processo de inspeção dos pertences de mão da passageira, foi identificado um item proibido para o ingresso na Área Restrita de Segurança e também a bordo de aeronaves.
Foi necessário, então, o encaminhamento para a inspeção física da bagagem, conforme norma da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), mas, segundo a concessionária, a deputada não concordou com o processo e se dirigiu para a área de embarque do aeroporto, antes da finalização do procedimento de segurança e sem autorização. Neste momento, a PF foi acionada.
Ainda segundo a BH Airport, Alessandra seguiu para a aeronave, mesmo sendo alertada pela companhia aérea de que não estava autorizada. Já no interior do avião, ela foi chamada pela PF e conduzida novamente ao canal de inspeção. O item proibido foi retirado da bagagem, e a passageira foi liberada.
Em nota, a assessoria da deputada afirmou que ela iria embarcar com destino a Brasília. No detector de metais, a atendente de uma empresa que presta serviço ao aeroporto teria dito, ao abrir a bagagem da parlamentar em uma revista aleatória, que “mala de miliciana e genocida tem que ser revistada com cuidado”. Segundo a assessoria, a deputada se calou, fechou a mala e seguiu em direção ao portão de embarque.
Após o embarque, Alessandra teria ligado para o seu chefe de gabinete e pedido que ele entrasse em contato com a delegacia da PF no aeroporto para contar o ocorrido e dizer que ela já estava dentro da aeronave e não deixaria a atendente revistar a mala sem a presença de policiais. No entanto, a delegacia não teria atendido.
“Nesse meio tempo, dois policiais federais adentraram na aeronave e, com muita truculência, fizeram a deputada descer do avião e levar a mala até o local de revista”, disse a assessoria da deputada federal.
Tesourinha
Ainda segundo a nota, foi encontrada uma tesoura infantil na bagagem. Alessandra achou que o objeto fosse da filha, mas a adolescente negou, e a deputada desconhece “como a tesoura foi parar lá”.
A assessoria de Alessandra informou que “estão sendo providenciadas as medidas cabíveis junto à Anac, que tem responsabilidade objetiva e solidária em relação à funcionária da empresa terceirizada”. Uma notificação oficial também será enviada à empresa. Afirmou, ainda, que uma ação será ajuizada na corregedoria da PF devido à negativa de atendimento por telefone no aeroporto e ao modo de abordagem da deputada, “mediante truculência e abuso de poder”.