Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2015
Os herdeiros da família Orleans, descendentes do rei Luís XIII da França, venderam alguns tesouros de família por um total de 6,2 milhões de euros, informou a casa de leilões Sotheby’s.
Um quadro de Carmontelle, intitulado “Les Gentilshommes du duc d’Orléans” (“Os cavalheiros do duque de Orleans”), foi arrematado por 531 mil euros e foi a peça de maior valor do leilão. Um conjunto da famosa porcelana de Sèvres foi leiloado por 495 mil euros e um jogo de tabuleiro criado pelo marceneiro Roentgen para o jovem Luís Felipe, por 285 mil euros.
O Estado francês usou seu direito preferencial de compra para adquirir 15 peças, quatro delas para o Palácio de Versalhes. Ao contrário do anunciado, três “tesouros nacionais” não foram a leilão, incluindo um registro das contas, entre 1495 e 1496, do castelo de Amboise. Trata-se de um conjunto de 300 folhas de papel vitela (feito com pele de bezerro) mantidos pelos administradores do rei Carlos VIII.
A família havia conservado durante séculos os objetos leiloados e algum remontam à época de Henrique IV, que reinou na França entre 1589 e 1610. A coleção foi entregue primeiro a uma fundação pelo conde de Paris, Henrique, que queria deserdar todos os seus filhos, com os quais estava brigado. Mas, após sua morte, em 1999, a justiça decidiu após uma longa batalha nos tribunais que os bens tinham que ser restituídos a seus herdeiros.
Com esta decisão, faltava resolver o problema de como repartir os bens entre os dez herdeiros e finalmente decidiu-se por leiloá-los.