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Brasil Desde que entrou para a política, o deputado Jair Bolsonaro multiplicou o seu patrimônio. A família do presidenciável tem 13 imóveis, alguns deles adquiridos por valores abaixo do mercado

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Pai e filhos são donos de casas e apartamentos que totalizam cerca de R$ 15 milhões. (Foto: Reprodução)

O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e os seus três filhos que exercem mandatos na política são donos de 13 apartamentos e casas com preço de mercado que totalizam ao menos R$ 15 milhões. A maioria desses imóveis está localizada em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como Copacabana, Urca e Barra da Tijuca.

Algumas dessas unidades foram comprados nos últimos dez anos por preços bem abaixo da avaliação feita na época pela prefeitura carioca. Em um dos casos, a então proprietária vendeu uma casa em condomínio à beira-mar na Barra da Tijuca para Bolsonaro com prejuízo – ao menos no papel – de R$ 180 mil em relação ao que ele havia desembolsado quatro meses antes.

Os bens dos Bolsonaro incluem, ainda, automóveis que vão de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão, conforme dados da Justiça Eleitoral e de cartórios. O filho mais velho do presidenciável, Flávio, deputado estadual no Rio de Janeiro, negociou 19 imóveis nos últimos 13 anos.

Quando entrou na política, em 1988, Bolsonaro declarava ter apenas um Fiat Panorama, uma motocicleta e dois lotes de pequeno valor em Resende, no interior no Rio, valendo pouco mais de R$ 10 mil em dinheiro atual. Desde então, sua única profissão é a política: já são sete mandatos como deputado federal.

O presidenciável de 62 anos recebe hoje um salário bruto de R$ 33,7 mil (líquido de R$ 24 mil) como parlamentar, além do soldo de R$ 5.600 brutos do Exército, como capitão da reserva. Ele tem duas ex-mulheres (está no terceiro casamento) e cinco filhos, dos quais três exercem mandatos legislativos.

Além de Flávio, Carlos (vereador no Rio desde 2001) e Eduardo (deputado federal desde 2015). A exemplo do pai, eles apresentam evolução patrimonial acelerada, mesmo se dedicando agora só à atividade política – a exceção é a recente sociedade de Flávio em uma loja de chocolates.

Até 2008, a família declarava à Justiça Eleitoral bens em torno de R$ 1 milhão, o que incluía apenas 3 dos atuais 13 imóveis. As principais aquisições ocorreram nos últimos dez anos.

As duas principais casas do patrimônio de Bolsonaro ficam em um condomínio à beira-mar na Barra, na avenida Lúcio Costa, um dos pontos mais valorizados do Rio. De acordo com documentos oficiais, ele adquiriu uma por R$ 400 mil em 2009 e outra por R$ 500 mil em 2012.

Hoje o preço de mercado das duas juntas é de pelo menos R$ 5 milhões, de acordo com cinco escritórios imobiliários da região consultados pela Folha. Ou seja, teriam tido valorização de pelo menos 450% no período. À época, a prefeitura já avaliava o preço das casas muito acima, no cálculo para o imposto de transmissão de bem. Para a de R$ 400 mil, R$ 1,06 milhão. Para a de R$ 500 mil, R$ 2,23 milhões.

Suspeita

As transações que resultaram na compra da casa em que Bolsonaro vive, na Barra, têm, em tese, indícios de uma operação suspeita de lavagem de dinheiro, segundo os critérios do Ministério da Fazenda e do Cofeci (Conselho Federal dos Corretores de Imóveis).

A Comunicativa-2003 Eventos adquiriu a casa em setembro de 2008 por R$ 580 mil. A responsável pela empresa, Marta Maia, diz ter comprado o imóvel em “estado ruim”, mas que o reformou e vendeu ao deputado quatro meses depois, com redução de 31%. Ela afirmou que decidiu ter prejuízo porque precisava dos recursos para adquirir outro imóvel.

O Cofeci aponta que configura ter “sérios indícios” de lavagem de dinheiro operação na qual há “aparente aumento ou diminuição injustificada do valor do imóvel” e “cujo valor em contrato se mostre divergente da base de cálculo do ITBI”, o imposto cobrado pelas prefeituras.

No mercado, é comum a prática irregular de colocar na escritura valor abaixo do real, com o objetivo de driblar o imposto de lucro imobiliário. Desta forma, registra-se um valor de aquisição menor, com pagamento por fora. Outra intenção da fraude é fazer com que o comprador não oficialize um aumento patrimonial incompatível com seus vencimentos.

Em 2015, a Procuradoria-Geral da República recebeu uma denúncia questionando os valores informados por Bolsonaro em relação às suas duas casas da Barra. Apenas tendo ouvido a defesa do presidenciável, o então titular da pasta, Rodrigo Janot, mandou arquivar o expediente, dizendo que valores eram os mesmos do Imposto de Renda. Janot alegou se tratar de denúncia anônima sem “elementos indiciários mínimos” de ilícito.

 

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