Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2020
Trata-se da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em março do ano passado, quando foi de 12,7%
Foto: EBCA taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,6% no trimestre encerrado em abril, atingindo 12,8 milhões de pessoas, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal) divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em março do ano passado, quando foi de 12,7%. O resultado representa uma alta de 1,3 ponto percentual na comparação com o trimestre encerrado em janeiro. Dessa forma, o número de pessoas na fila por um emprego aumentou em 898 mil pessoas em 3 meses, em meio aos impactos da pandemia de coronavírus na atividade econômica.
População ocupada tem queda recorde
A população fora da força de trabalho somou 70,9 milhões de pessoas, representando também um novo recorde na série iniciada em 2012, com alta de 7,9% (mais 5,2 milhões de pessoas) em 3 meses e salto de 9,2% (mais 6 milhões) na comparação a igual período de 2019.
São classificadas como fora da força de trabalho as pessoas que não procuraram trabalho, mas gostariam de ter um, ou aquelas que buscaram emprego, mas não estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência da pesquisa.
Segundo a analista da pesquisa Adriana Beringuy, os efeitos da pandemia foram sentidos tanto entre os informais quanto entre trabalhadores com carteira assinada.
“Dos 4,9 milhões de pessoas a menos na ocupação, 3,7 milhões foram de trabalhadores informais. O emprego com carteira assinada no setor privado teve uma queda recorde também. A gente chega em abril com o menor contingente de pessoas com carteira assinada, que é de 32,2 milhões”, destacou.
Na véspera, dados divulgados pelo Ministério da Economia mostraram que a economia brasileira perdeu 1,1 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada entre os meses de março e abril. Apenas em abril, foram fechados 860,5 mil postos de emprego formal, o pior resultado para um único mês em 29 anos, segundo dados do Caged.