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Economia Desemprego no Brasil sobe para 7,8% em fevereiro, mas emprego com carteira assinada bate recorde histórico

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Taxa cresceu 0,3 ponto percentual em relação ao período anterior. (Foto: Agência Brasil)

Com mais pessoas em busca de trabalho, a taxa de desemprego subiu para 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro. Significa que 8,5 milhões de brasileiros procuram oportunidades, mas não conseguem. É a primeira alta deste indicador desde o trimestre encerrado em abril, depois de um período mais aquecido do mercado de trabalho.

A geração de vagas formais foi o que impediu uma queda na ocupação, que seguiu estável, segundo o IBGE. O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 37,9 milhões. É o maior nível para toda a série histórica, iniciada em 2012. O contingente chega a superar o trimestre encerrado em junho de 2014, quando haviam 37,6 milhões de brasileiros formalizados.

O resultado veio dentro do esperado. Analistas estimavam alta de 7,8%, segundo mediana das projeções compiladas pela Bloomberg
O número aponta uma aceleração em relação ao trimestre encerrado em novembro, que serve de comparação. O desemprego estava em 7,5%

Analistas

Economistas esperam que o mercado de trabalho continue registrando números positivos de rendimento e ocupação ao longo do ano, mas numa rota de desaceleração. No ano, a taxa de desemprego deve subir um pouco em relação ao ano anterior. As estimativas giram em torno de 8%, segundo consenso da Bloomberg. Em 2023, a desocupação caiu a 7,8% na média do ano, a menor taxa desde 2014.

Para Lucas Assis, economista da consultoria Tendências, o crescimento da população ocupada é o que tem garantido uma taxa de desemprego comportada e em “níveis historicamente reduzidos” e ajuda a consolidar essa trajetória positiva do mercado de trabalho início do ano.

Mas a perspectiva é de um crescimento mais modesto da ocupação em 2024, considerando um patamar já baixo de desemprego e uma economia menos pujante ao longo dos meses. Devem puxar o emprego os setores de serviços e construção civil (este último como efeito do novo PAC), segundo o economista. Mas são segmentos intensivos em trabalho, mas que costumam abrir vagas mais informais. Por isso, o rendimento deve crescer pouco em 2024.

“A renda é beneficiada pela inflação menor e pela política de valorização do salário mínimo, mas os trabalhadores que serão integrados ao longo do ano deverão ser informais, o que reduz o rendimento médio.”

Ele continua:

“Essa composição é favorável para geração de vagas, mas é uma composição setorial que acaba beneficiando uma geração de postos relativamente de menor qualidade frente ao que vimos em 2023, quando houve forte alta da ocupação no setor público e informação e comunicação, que pagam mais”, afirma Assis, que espera que a taxa de desemprego encerre o ano em 7,5% em dezembro.

Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica do Goldman Sachs para a América Latina, também espera que o cenário aquecido do mercado de trabalho “se estabilize nos próximos trimestres”.

“A taxa de desemprego pode ser impactada se o número ainda considerável de trabalhadores desalentados fora da força de trabalho começar a procurar emprego e retornar à força de trabalho ativa.”

Oportunidades

Mais 332 mil pessoas passaram a buscar uma opção entre dezembro e fevereiro, o que resultou numa alta de 4,1% da população desempregada na comparação trimestral. Ao todo, são 8,5 milhões de brasileiros em busca de oportunidades.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o aumento da taxa de desocupação nessa época do ano está associado ao movimento de pessoas que interromperam sua busca por trabalho e voltam a procurar emprego nos meses iniciais do ano, movimento que historicamente ocorre neste período.

“Em relação a comparação com anos anteriores, parece ser um ano que se inicia com um panorama favorável. Temos a sazonalidade (de alta do desemprego) que é esperada, mas a manutenção do crescimento do emprego formal e do rendimento.”

O número de pessoas que estavam trabalhando em fevereiro no País se manteve em torno de 100,2 milhões, segundo o IBGE, o que não indica variação estatística significativa. A população ocupada está ainda 2,2% acima do contingente registrado no mesmo trimestre móvel do ano passado (99,1 milhões de trabalhadores).

Apesar do quadro de estabilidade na população ocupada, algumas atividades registraram redução no contingente de trabalhadores no trimestre. Foi o caso da agropecuária (-3,7%) e da administração pública, saúde e educação (-2,2%).

tags: em foco

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https://www.osul.com.br/desemprego-sobe-para-78-e-atinge-85-milhoes-de-brasileiros/ Desemprego no Brasil sobe para 7,8% em fevereiro, mas emprego com carteira assinada bate recorde histórico 2024-03-29
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