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Economia Banco Central divulga primeiro relatório trimestral de inflação em 2024

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Projeção para o PIB do ano foi revisada de 1,7% para 1,9%. (Foto: Divulgação)

O Banco Central (BC) divulgou nesta semana o primeiro relatório trimestral de inflação de 2024. A trajetória das taxas de inflação seguiram divergente entre as economias emergentes, com alguns países experimentando uma aceleração nos índices de preços do consumidor.

Na América Latina, a maioria das economias apresentou desaceleração da inflação na comparação interanual, com exceção da Argentina. As pesquisas dos analistas de mercado apontam caminhos diferentes para a taxa de inflação esperada para 2024. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do ano foi revisada de 1,7% para 1,9% e leva em conta uma atividade econômica mais forte que o esperado no primeiro trimestre do ano.

Grande parte dos bancos centrais de economias emergentes decidiu pela manutenção das taxas básicas de juros, mais uma vez sem sinalizar cortes. Entre as exceções, destacam novamente os bancos centrais do Brasil, Chile e o Peru, que seguiram com ciclo de cortes de juros.

Ao longo deste ano, as expectativas continuam predominantemente de cortes nas taxas básicas de juros nas grandes partes dos países emergentes. Ainda há dúvidas sobre o fim desse ciclo de cortes e o nível final na taxa de juros. Do lado da oferta, é predominante, os choques com fatores geopolíticos, como a influência das tenções do Oriente Médio na macroeconomia.

O Banco Central também traz projeções condicionadas no cenário de referência da trajetória para a taxa de juros, extraída da pesquisa Focus e da taxa de câmbio. De acordo com o último boletim, a economia deve crescer 1,85% em 2024.

Prejuízo

Pelo segundo ano seguido, o BC fechou o balanço no negativo. Depois de registrar prejuízo de R$ 298,5 bilhões em 2022, o BC teve prejuízo de R$ 114,2 bilhões em 2023.

Em 2023, houve prejuízo de R$ 123 bilhões que se referem a operações cambiais, como swap (venda de dólares no mercado futuro) e variação das reservas internacionais. Isso ocorre porque o dólar caiu 7,86% no ano passado, o que provoca perdas na hora de converter as operações cambiais em reais.

O prejuízo de 2023 só não foi maior porque o BC teve lucro operacional (ganhos com o exercício da atividade) de R$ 8 bilhões em 2023. Ao somar os resultados cambiais e operacionais, chega-se ao prejuízo final de R$ 114,2 bilhões.

Por causa da legislação de 2019 que regulamenta a relação entre o Banco Central e o Tesouro, a destinação dos lucros da autoridade monetária mudou. Do prejuízo total, o Tesouro terá de cobrir R$ 111,2 bilhões com títulos públicos. Do restante, R$ 3 bilhões serão cobertos por meio de redução de patrimônio do BC.

O último resultado positivo apurado pelo BC foi em 2021, quando ele teve lucro recorde de R$ 85,9 bilhões.

Na ocasião, o banco criou uma reserva de lucros para cobrir perdas nos anos seguintes. Essa reserva foi esgotada no ano passado. Em 2022, a Lei Complementar 179 alterou a apuração de resultado do BC de semestral para anual.

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https://www.osul.com.br/banco-central-divulga-primeiro-relatorio-trimestral-de-inflacao-em-2024/ Banco Central divulga primeiro relatório trimestral de inflação em 2024 2024-03-29
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