Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de novembro de 2025
Júri popular realizado em Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre) teve como desfecho a condenação de um homem a 46 anos de prisão pela morte de duas pessoas, mais a tentativa de homicídio contra uma terceira. Conforme acusação formulada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), os crimes foram motivados por desentendimento durante negociação de imóvel.
O caso remonta a 20 de maio de 2019, no bairro Igara. De acordo com resumo publicado no site do órgão (mprs.mp.br), no momento dos ataques o indivíduo estava no mesmo automóvel que as três vítimas quando sacou uma arma-de-fogo e disparou a queima-roupa contra os ocupantes.
Atingido no pescoço, o primeiro morreu dentro do carro. Já o motorista foi baleado nas costas ao tentar fugir, mas conseguiu escapar e obter atendimento médico. A terceira vítima era uma mulher, vitimada por um tiro na cabeça quando também estava no interior do veículo.
O autor dos crimes assumiu então o volante para deixar o local. Entretanto, acabou colidindo o automóvel contra uma árvores e prosseguiu a fuga a pé – ele foi capturado pela Polícia Civil uma semana depois, quando já estava escondido em São Paulo após percorrer diversas cidades gaúchas.
No dia 26 de maio de 2019, a polícia capturou o réu. À época, a investigação concluiu que o homem havia se hospedado em várias cidades da região metropolitana até decidir pela fuga definitiva para o estado de São Paulo. Foi após passar por Novo Hamburgo e São Leopoldo, ele resolveu partir de Porto Alegre até Curitiba de ônibus. E de lá chegaria até a capital paulista.
A promotora Daniela Fistarol atuou em plenário. Os jurados recenheceram a tese por ela apresentada, de dois homicídios e uma tentativa de homicídio, ambos qualificados pelos agravantes de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
(Marcello Campos)
Voltar Todas de Rio Grande do Sul