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Brasil Desmatamento na Amazônia teve pior abril da série histórica

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Os dados mostram que o desmatamento na região em abril cresceu 42% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Foto: Murilo Rodrigues/Atual
Colegiado elaborou relatório detalhado sobre o tema. (Foto: Arquivo/EBC)

O desmatamento na Amazônia atingiu em abril o pior índice para o mês já registrado na série histórica desde 2015, segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os alertas abrangeram uma área de 580,55 km², equivalente a 58 mil campos de futebol, conforme medições do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Os dados mostram que o desmatamento na região em abril cresceu 42% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram detectados alertas numa área de 407 km².

Em nota, o Observatório do Clima (OC) diz que os dados “desmentem o governo federal”, que comemorou a queda de cerca de 15% nos alertas verificada entre agosto de 2020 e abril de 2021 (em relação ao mesmo período anterior), como resultado da ação do Exército na Amazônia.

“Os alertas têm oscilado mês a mês para cima e para baixo, o que mostra que não existe uma política consistente ou uma ação sustentada da administração federal para controlar a devastação”, afirma o OC.

“Em 2021, não há nenhum esforço federal de controle do desmatamento acontecendo na Amazônia. A fiscalização do Ibama está parada devido a mudanças impostas por Ricardo Salles nos procedimentos de autuação. O processo de punição a crimes ambientais também foi inviabilizado pelo ministro”, prossegue a nota da rede composta por 63 organizações não governamentais e movimentos sociais.

O Greenpeace destacou que a impunidade no campo e na floresta vem gerando grandes polígonos de desmatamento com áreas de mil, 3 mil e até 5 mil hectares, trazendo à cena taxas anuais não observadas desde 2008.

“Não será uma promessa vazia de duplicar o orçamento para fiscalização e controle na Amazônia na cúpula climática, o uso do peso político e o apoio do centrão para aprovar leis que legalizam grilagem e desmatamento ocorridos recentemente, a abertura de Terras Indígenas para mineração e apropriação do agronegócio e a liberalização geral do licenciamento ambiental, que vão diminuir essa destruição”, disse a ONG.

O território analisado na medição é o da faixa da Amazônia Legal que corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área dos estado do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão.

2º recorde consecutivo

Em março, o Deter detectou perda de 367 km² de floresta, um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período de 2020 e maior área da série histórica para o mês. Já os meses de janeiro e fevereiro de 2021 registraram índices de devastação menores ante o notificado no mesmo período no ano passado.

O Deter proporciona levantamentos sobre alteração na cobertura florestal, e envia informações para órgãos de fiscalização como o Ibama. Seus índices são divulgados mensalmente.

O Inpe também conta com outra ferramenta, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que faz levantamento anual da devastação do bioma.

Em 2020, o desmatamento anual atingiu 11.088 km², índice recorde desde 2008.

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https://www.osul.com.br/desmatamento-na-amazonia-teve-pior-abril-da-serie-historica/ Desmatamento na Amazônia teve pior abril da série histórica 2021-05-08
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