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Colunistas Detalhes derradeiros sobre o rito de afastamento de Dilma Rousseff

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(Foto: Banco de Dados)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O STF (Supremo Tribunal Federal) define dentro de algumas horas os detalhes derradeiros sobre o rito de afastamento da Dilma Rousseff. De acordo com desejo já revelado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha , já na quinta-feira, no máximo na sexta a Câmara dará início à eleição para a comissão especial que vai julgar o impeachment da presidenta.

Instalada a comissão especial, Dilma terá dez sessões plenárias para a apresentação da defesa. Cunha afirmou que: “Pode fazer 15 sessões em três semanas, ou em cinco semanas. Depende se dá quórum segunda ou sexta. Depende da presença dos parlamentares segunda e sexta”.

O jogo agora é para profissional. É surreal assistir um politico presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),  réu por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro investigados na Operação Lava-Jato por decisão do STF com 10 votos a zero, dar início à eleição para a comissão especial que vai julgar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A grande notícia do dia é a praticamente certa nomeação do ex-presidente Lula na secretaria Geral de Governo com status de ministro no governo Dilma. Demorou! Lula já deveria ter sido ministro no primeiro governo de sua sucessora. É ridículo quando se ouve opositores acusarem o governo Dilma de ser “continuísmo’ do governo do metalúrgico! Ora apenas uma ameba política poderia ter pensado ao contrário.

É sim continuidade de um projeto de governo, pelo menos deveria, já que a presidente por motivos desconhecidos se manteve isolada durante boa parte de sua administração tentando agradar os partidos de coalizão. Deu no que deu. Agora é guerra. Ora, desde o primeiro dia do segundo mandato Dilma vem sendo massacrada seja pela oposição, parte da mídia e até mesmo por acusações que chegam ao Judiciário ou de lá partem.

Desde sempre ficou claro que Dilma deveria ser derrubada do cargo, sangrada até a última gota como disse o candidato derrotado em 2014. Todos reconhecem a incapacidade da presidenta em praticar o jogo político, de cintura, a articulação de ‘diálogo’. O que falta em Dilma sobra em Lula. Se de fato Lula aceitar ser ministro finalmente teremos um governo que sai da posição de caça e passa a posição de defesa com capacidade e determinação. Vão criticar? Claro! E, daí? O governo Dilma é criticado por fazer e por não fazer.

Resumindo as manchetes serão devastadoras e uma demonstração definitiva dos campos de batalha. Finalmente Lula deixará posição de criminoso/vítima e passará a lutar com as mesmas armas daqueles que hoje o tratam como inimigo público número um do Brasil. O perfil republicano passivo de Lula não tem mais espaço. O tempo urge. Se presidentes do passado nomearam para o cargo de Procurador Geral da República pessoas que não lhes causariam problemas e mantiveram a Polícia Federal em uma atuação coordenada e dirigida, a situação agora é outra.

Não temos um engavetador geral, a Polícia Federal assumiu seu papel constitucional sem amarras. Investiga tudo e todos. Se hoje temos vazamentos seletivos e delações premiadas é justamente por que a PF jamais em toda a história da República atuou com tanta e total liberdade. E, assim deve continuar. Assumindo cargo de Ministro Lula pode evitar a perseguição evidente a qual está sendo vítima pelo Juiz Sérgio Moro da Operação Lava-Jato. O furor, e a determinação de derrubar a presidenta Dilma necessita de uma defesa por quem conhece os intestinos do Congresso Nacional! Vamos aguardar!

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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https://www.osul.com.br/detalhes-derradeiros-sobre-o-rito-de-afastamento-de-dilma-rousseff/ Detalhes derradeiros sobre o rito de afastamento de Dilma Rousseff 2016-03-15
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