Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2015
A presidenta Dilma Rousseff dourou a amarga pílula que é a introdução da CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira) com a afirmação de que ela “é fundamental”, mas “não para se gastar mais, mas para crescer mais”.
A frase foi dita em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (16), pouco após a presidenta encerrar sua participação na cúpula do G20, em Antalya, na Turquia, e pouco antes de retornar ao Brasil. A presidenta admitiu que muitos, como ela, não queriam aumento de impostos, mas explicou a lógica da CPMF como parte “fundamental” do “grande esforço de reequilíbrio fiscal”.
Como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dissera na véspera, o acerto das contas públicas é o primeiro passo para o programa que ele chama de “1, 2, 3 do crescimento” (2 é a retomada da demanda e, 3, evitar um crescimento de pouca duração). Dilma não respondeu a uma pergunta final sobre um eventual plano b caso a “fundamental” CPMF não seja aprovada. Ela acha que “a situação política no Brasil está se normalizando”, embora admita que o governo às vezes tem maioria bem confortável, mas, outras vezes, ela é mais apertada.
A presidenta reiterou que Levy, acossado permanentemente por boatos de que está para sair ou ser demitido, “fica onde está”. Dilma disse que gosta muito e respeita muito o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem dito que o prazo de validade de Levy está vencido. Mas acrescentou: “Não concordo com ele e não tenho que concordar. Considero o ministro Joaquim Levy um grande servidor público, comprometido com a estabilidade do País”. (Folhapress)