Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de março de 2016
O juiz federal Sérgio Moro incluiu no inquérito que tramita em Curitiba uma conversa telefônica entre o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff, no qual ela diz que encaminhará a ele o “termo de posse” de ministro.
Dilma diz a Lula que o termo de posse só seria usado “em caso de necessidade”.
Os investigadores da Lava-Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula.
Se houvesse um mandado do juiz, de acordo com essa interpretação, Lula mostraria o termo de posse como ministro e, em tese ficaria livre da prisão. O juiz Moro não pode mandar prender ministros porque eles detêm foro privilegiado.
O juiz vai encaminhar para o Supremo toda a investigação sobre Lula quando chegar o termo de posse de Lula.
A conversa foi gravada pela Polícia Federal, no inquérito que apura a posse do sítio em Atibaia (SP). A hipótese dos investigadores é que o sítio foi doado a Lula por empresas que tinham contrato com a Petrobras, como a Odebrecht, OAS e José Carlos Bumlai, este amigo do ex-presidente.
O ex-presidente, que está sendo investigado pela Operação Lava-Jato, anunciou, na quarta, que assumirá a Casa Civil no lugar de Jaques Wagner, que passa a ser chefe de gabinete de Dilma.
Desta maneira, Lula tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. (Folhapress)