Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2015
A presidente Dilma Rousseff afirmou não temer um eventual processo de impeachment e disse que essa discussão tem atualmente um viés de “arma política” contra sua gestão.
“Eu acho que tem um caráter muito mais de luta política, entende? Ou seja, é muito mais esgrimido como uma arma política. Agora, a mim não atemorizam com isso. Eu não tenho temor disso, eu respondo pelos meus atos. E eu tenho clareza dos meus atos”, afirmou em entrevista ao jornal mexicano “La Jornada”, na última sexta-feira e publicada neste domingo (24).
A presidente comentou temas da política brasileira, como o escândalo de corrupção na Petrobras, e assuntos internacionais, como o relacionamento entre Brasil e México, onde Dilma cumpre agenda na próxima semana.
Ao destacar a relevância da Petrobras –”tão importante para o Brasil como a seleção”– Dilma citou a Operação Lava-Jato e reconheceu envolvimento de funcionários da empresa no esquema de corrupção”.
“A Petrobras tem 90 mil funcionários, quatro funcionários foram e estão sendo acusados de corrupção. Muito provavelmente…Ninguém pode falar antes de serem condenados, mas todos os indícios são no sentido de que são responsáveis pelo processo de corrupção”, disse a presidente sem citar nomes.
Dilma fazia referência aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, além do ex-gerente Pedro Barusco. (Folha)