Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2015
Nas conversas do fim de semana, a presidenta Dilma Rousseff fez um primeiro esboço da fusão de ministérios. A mudança mais significativa nesta versão é a fusão de quatro pastas em torno do Ministério da Cidadania, que deve incorporar Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria das Mulheres e Secretaria da Igualdade Racial. No período eleitoral, Dilma resistia em acabar com essas pastas.
Para comandar o ministério, um dos nomes mais cotados até o momento é o do atual titular da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto. A tendência petista Democracia Socialista, da qual o gaúcho faz parte, trabalha para manter espaço no governo, já que, confirmada essa fusão, a corrente perderia o ministro Pepe Vargas (Direitos Humanos). A expectativa é que Pepe reassuma seu mandato como deputado federal pelo RS.
Para a Cidadania iria também toda a área de relação com movimentos sociais da Secretaria-Geral e a Secretaria de Juventude. A área administrativa do Planalto, que hoje está sob responsabilidade da Secretaria-Geral, seria transferida para a Casa Civil.
Para o lugar da Secretaria de Relações Institucionais, está sendo estudada a criação da Secretaria de Governo. Além da articulação política com o Congresso, a pasta cuidaria também da relação com governos estaduais e municipais. Há movimento para que essa nova Secretaria de Governo também incorpore o Gabinete de Segurança Institucional, hoje comandado por José Elito, que deve deixar o governo. O atual titular das Comunicações, Ricardo Berzoini, deve ser responsável pela coordenação política, e, portanto, deverá chefiar a nova pasta.
Também já está acertado que haverá fusão dos ministérios da Previdência e do Trabalho. Como Manoel Dias (Trabalho) deve deixar o governo, o PDT reivindica, nos bastidores, a Secretaria de Comunicação Social. O PMDB já foi avisado que perderá a Secretaria da Pesca, que será fundida com a Agricultura. (Gerson Camarotti/G1)