Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2016
A presidenta afastada Dilma Rousseff afirmou que a população terá de ser consultada, caso ela retorne à Presidência da República, ao fim do processo de impeachment no Senado. Sem dar detalhes, Dilma lançou a proposta, em vários programas de TV, de um plebiscito para se decidir os rumos do mandato, em caso de sua vitória no Senado.
“Rompeu-se um pacto, existente desde a Constituição de 1988. Tem de remontar esse pacto, e ele não será remontado dentro do gabinete. A população, querendo ou não, terá de ser consultada. É fundamental que haja o fim do golpe, o que significa ganhar no Senado. Eu não acho possível refazer o pacto com Temer presidente. Em qualquer hipótese, a consulta popular é o único meio de lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer”, disse em entrevista ao jornalista Luis Nassif.
Dilma afirmou que, se sobreviver ao impeachment, continuará com minoria na Câmara e no Senado e com o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “dando as cartas como dá”. “Só tem um jeito, diante da contradição: recorrer à população. O plebiscito é uma coisa muito discutida.” A presidenta, sempre que tem a oportunidade, volta a dizer que o governo interino de Michel Temer é a síntese do que pensa Eduardo Cunha (PMDB-RJ).