Sábado, 04 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 16 de junho de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Ilimar Franco
A decisão sobre o veto ou não do fator previdenciário é uma derrota anunciada da presidente Dilma. Ela terá de escolher. Estão de um lado os movimentos sociais que defendem manter o fim do fator, conforme aprovado pela Câmara (232 votos). No outro, estão seus mais fiéis seguidores (210 votos), que, a despeito do desgaste político, votaram com a proposta do governo Dilma.
A escolha dos governistas
Votar pela manutenção do fator previdenciário representou enorme desgaste para os partidos governistas, sobretudo os de esquerda. Tanto que o PCdoB e o PDT pularam fora do barco. A oposição, cujo governo criou o fator, também caiu fora. Mas 49 deputados do PT e 40 do PMDB, além de outros aliados, colocaram suas caras a tapa. Agora, Dilma está sendo tangida, por razões eleitorais, a dar amém aos movimentos sociais, cuja posição era conhecida antes do envio da proposta ao Congresso. Os governistas se perguntam: os que votaram com o Planalto ficarão sem chão para pisar? No futuro, será que eles vão se aventurar a dar novo passo no escuro?
Efeito colateral
A oposição decidiu que não vai aprovar um referendo sobre a redução da maioridade penal. Avalia que, mesmo derrotada, a bandeira contra a redução pode reconciliar o PT com setores intelectuais e médios da sociedade.
A reforma continua
Os líderes vão almoçar nesta terça-feira na casa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Vão definir o projeto que reduz tempo de campanha e de propaganda na TV nas eleições. E quem fará a emenda para abrir janela de 30 dias para a troca de partidos. O deputado Paulinho da Força (SD) quer incluir a proibição de cavaletes em vias públicas na campanha.
Não é bem assim
Festejado pelo trabalho de coordenador político do Planalto, o vice Michel Temer continua sendo questionado pelos petistas. Entre eles afirmam que Temer está devendo o controle de sua criatura, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Causa perdida
Na última tentativa de aprovar cota para as mulheres no Legislativo, a bancada feminina da Câmara decidiu diminuir o percentual de cadeiras reservadas para o gênero. A proposta inicial era de 30%, mas foi reduzida para 15%. Mesmo assim, as deputadas já sabem que a emenda não será aprovada pela Câmara.
Subir ao palco
O rompimento com o blocão liderado pelo PMDB é o principal item da reunião de hoje da bancada do PP. Seus dirigentes chegaram à conclusão que sumiram do mapa político e que precisam exercer um papel próprio para o público.
Reconstruir o passado
Quando os petistas falam em se reaproximar da esquerda, incluem o PSB nas suas contas. Há muitos aliados em suas fileiras. E avaliam que, sem Marina Silva, os socialistas teriam dificuldades de construir um caminho próprio.
Com Amanda Almeida, sucursais e correspondentes
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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