Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2015
A alíquota da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) poderá ser maior que os 0,2% anunciados na segunda-feira pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). Apesar de o governo ter decidido que toda a arrecadação da CPMF ficará com a União para custear a Previdência Social, a presidenta Dilma Rousseff já sabia que, assim que a proposta fosse apresentada, o governo seria pressionado pelos governadores a dividir os recursos da nova CPMF com os Estados, que também estão com seus caixas combalidos.
Em encontro com a presidenta na segunda-feira, governadores da base aceitaram negociar o aumento da nova CPMF no Congresso. Com isso, o Planalto está ouvindo propostas dos governadores para ampliar a alíquota. A ideia é fazer uma troca em busca de votos no Congresso: os governadores definem um percentual além dos 0,2%, de forma que a diferença seja repassada diretamente aos Estados, e os governadores assumem o compromisso de conseguir apoio de suas bancadas para aprovar a CPMF.
“Vamos fazer uma conversa franca sobre isso. Vamos ver o que cada um propõe. O importante é que o governo consiga abrir essa discussão [da recriação da CPMF] com o Congresso, afirmou ontem um integrante do governo.
Dilma jantou com 19 governadores aliados no Palácio da Alvorada. Ao longo do dia, ela conversou com líderes aliados na Câmara dos Deputados, entre eles, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), sugerindo a negociação. “Por mais duro que seja falar em aumento de impostos, neste momento é importante discutir isso sobretudo para Estados e municípios. Em alguns casos, a situação fiscal é mais grave do que da União”, disse ele.