Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2020
Protesto realizado no Colégio Júlio de Castilhos.
Foto: Reprodução/TwitterDiretoras de mais de 60 escolas reunidas no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o “Julinho”, se reuniram nesta sexta-feira (2) à tarde para manifestar a inconformidade com a pressão do governo para o retorno das aulas presenciais sem as mínimas condições de saúde.
Segundo Daniel Damiani, professor de Sociologia e membro da direção central do CPERS, que representa os professores, a ação aconteceu com distanciamento.
Diretoras de mais de 60 escolas reunidas no Julinho, com todo distanciamento, para manifestar a inconformidade com a pressão do governo para o retorno das aulas presenciais sem as mínimas condições de saúde. pic.twitter.com/4uXRWjHr7s
— Daniel Damiani (@danieldamiani13) October 2, 2020
Em carta aberta à população gaúcha, o CPERS afirma que não há condições para um retorno seguro.
“Anos de descaso deixaram a escola pública despreparada para enfrentar esta guerra sanitária. Faltam profissionais, faltam recursos físicos e financeiros, faltam equipamentos de proteção, falta organização e capacidade de gestão”, diz a carta.
? AO VIVO: mais de 60 direções de escolas estaduais de Porto Alegre convocam coletiva de imprensa e manifestam-se contra a volta às aulas presenciais no Rio Grande do Sul. #EscolasFechadasVidasPreservadas
Publicado por CPERS/Sindicato em Sexta-feira, 2 de outubro de 2020
Grupo de pais busca apoio
Além dos professores, o Grupo Direito ao Ensino Não Presencial Durante a Pandemia relata que esteve em contato com diversas autoridades para tentar uma modificação no calendário de retomada de aulas presenciais neste momento da pandemia no Estado, visando a manter escolas fechadas. Agora, busca apoio de prefeituras.
Segundo o grupo, a medida adotada deveria ser a manutenção do fechamento “até que se tenha plena segurança sanitária e vacinação eficaz, proteção do direito à vida, redução consistente e estabilização do índice de contaminação pelo novo coronavírus, com consequente baixa definitiva de óbitos decorrentes do mesmo”.
A administradora e advogada do grupo, Cassiana Lipp João, relata contatos com o Ministério Público RS, Defensoria Pública RS, Famurs (Federação das Associações de Municípios do RS), Conselho Estadual de Educação RS, Undime (União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação do RS) e reuniões na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.
“Não vislumbrando a oportunidade de uma ação coletiva contra esse retorno de aulas presenciais nesse momento, por intermédio das instituições citadas e que seriam legítimas para tal propositura, então o Grupo imediatamente recorreu às prefeituras do RS para buscar compreensão e apoio nessa missão de manutenção de fechamento de escolas no RS com o objetivo de manter o ensino à distância até se ter um panorama realmente seguro para todos da comunidade escolar”, diz a administradora.