Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de março de 2018
Dirigentes do PSG (Paris Saint-Germain) ficaram irritados com as declarações do médico da Seleção Brasileira, Rodrigo Lasmar, que operou neste sábado (03) o atacante Neymar, conforme o jornal esportivo “L’Équipe”.
Na capital francesa, de acordo com a publicação, houve descontentamento com as declarações do médico, pois entendem que o ortopedista exagerou ao falar sobre a gravidade da lesão e também estipulou tempo de recuperação maior do que o necessário.
Na chegada ao Brasil, na última quinta-feira, Lasmar apontou que Neymar poderia voltar aos gramados em até três meses, o que, praticamente, representaria o fim da temporada europeia para o atacante.
O médico da seleção ainda na chegada no Aeroporto Internacional Internacional do Rio de Janeiro, falou que o jogador havia sofrido uma fratura, enquanto todos os relatórios do Paris Saint-Germain indicava uma fissura no quinto metatarso do pé direito.
Segundo o “L’Équipe”, uma fonte do PSG apontou que a cúpula do clube considerou “escandalosa” a forma com que Lasmar se dirigiu aos jornalistas no desembarque no país. “Esperou chegar no Brasil, para falar e enganar o Paris Saint-Germain, que havia confiado nele. Neymar sofreu uma fissura, sem deslocamento e incompleta, ou seja, que uma parte do osso não está quebrado”, afirma a fonte.
Internamente, se diz no PSG, segundo o jornal francês, que Lasmar não é nenhum especialista em cirurgia. Além disso, é tratado com estranhamento a pressa para operar o jogador.
Neymar passou por intervenção na manhã deste sábado, no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte (MG). O experiente médico francês Gerard Saillant, que operou Ronaldo, em abril de 2000, foi enviado pelo Paris Saint-Germain, para acompanhar o procedimento.
Sigilo e festa da torcida em BH
A cirurgia de Neymar se transformou quase num evento secreto, muito por conta dos ruídos entre CBF e PSG. Inicialmente, estava prevista uma entrevista coletiva de Lasmar, para detalhar o procedimento e a recuperação do jogador. A entrevista foi cancelada e substituída por um pronunciamento, sem perguntas.
Durante a manhã, o PSG deixou claro à assessoria do Mater Dei, em Belo Horizonte, que só o clube francês estava autorizado a falar sobre a cirurgia e nenhuma notícia sobre início ou término do procedimento poderia ser confirmada pelo hospital.
Por outro lado, fãs do craque aproveitaram a presença de vários meios de comunicação na cidade para fazer a festa na porta do Mater Dei. Enquanto o camisa 10 passava pela cirurgia no interior, no lado de fora havia torcedores até com cerveja e cantando pagode. Duas crianças jogavam bola na portaria, mesmo com outros pacientes no local.