Quinta-feira, 02 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A presidenta Dilma Rousseff e os ministros palacianos estão confiantes de que ela se salva no plenário da Câmara dos Deputados, neste domingo. Os parlamentares convencidos pelo Palácio do Planalto a votar contra o impeachment dirão que preferem novas eleições, mas que Dilma convoque o pleito – o que ela não vai fazer, obviamente. Os que se ausentarão já afinaram o discurso: não aceitam um processo comandado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Balela.
A conta
Na conta do Palácio, Dilma pode não conseguir os 172 votos necessários para escapar do impeachment, mas a oposição também não alcançará os 342 votos para o impedimento. E tudo continua como está.
#tobrabo
O ministro Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) é um dos mais revoltados entre os colegas de PMDB. Ele cita de memória os que nunca votaram com o partido e agora desfilam como bastiões.
Meia volta, volver!
Aliás, Pansera e Marcelo Castro (Saúde), licenciados dos ministérios para votar em Dilma, decidiram não retomar os cargos se o impeachment passar na Câmara.
PMDB à mesa
Duas mesas de peemedebistas chamaram ontem a atenção em um almoço no Restaurante Lakes, em Brasília. Uma era pró-Dilma, capitaneada pelo líder Leonardo Picciani (RJ), ao lado do ministro Marcelo Castro e de outros deputados. Na outra, Pedro Paulo (RJ), Carlos Marum (MS) e outros parlamentares pró-impeachment. Não houve guerra de tomates.
Paizão do Ano
O ministro do STF Luiz Fux tem se mostrado um paizão generoso com os juízes do País. Ele passou a defender que o prazo de três anos de prática jurídica para ingresso na magistratura seja contado a partir da data da posse, não da inscrição para o concurso. Os candidatos ganham mais tempo – meses, ou até mais de ano.
Meu papai
Há meses, Fux também sentou, na Corte, sobre uma ação que questiona a legalidade do pagamento de altos auxílios-moradias para juízes. Vale lembrar que foi ele quem, em uma campanha escancarada, conseguiu elevar a filha inexperiente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Apressadinhos
O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) e o senador José Serra (PSDB-SP) disputam a preferência de Michel Temer para o Ministério da Saúde, em um eventual novo governo pós-impeachment de Dilma.
Crise – Parte 2
A crise está para “ladrão parcelar assalto”, conforme citado aqui: depois de ser assaltada duas vezes pelo mesmo bandido, uma estudante de São Paulo ouviu dele um “Até amanhã!”.
Copa 2016
Há um clima de Copa do Mundo na Esplanada. Vendedores de bandeiras e camisetas da seleção brasileira de futebol estão lucrando. E os sons das vuvuzelas predominam. O curioso é que existe mercado para os dois lados, contra e a favor do impeachment.
Alzira no PTB
Presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson perdeu para a tradicional FGV o direito de usar o nome “Instituto Getúlio Vargas” como órgão do partido. Vai rebatizá-lo de “Instituto Alzira Vargas”.
Escolta de Brizola
Em reunião política, Jefferson contou episódio de bastidor do saudoso Leonel Brizola. Quando o gaúcho assumiu o governo do Rio, desceu a escadaria do Palácio Guanabara de braços dados com Alzira Vargas e uma amiga. Questionado por Jefferson por que havia feito aquilo, ele revelou que tinha medo de ser assassinado: “Pistoleiro não atira em mulher”.
Ponto Final
Somos todos brasileiros. Evitem brigas. Não deixemos a má política – dos dois lados – matar a nossa dignidade.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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