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Geral Disputa política chega ao marketplace do Facebook

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Compartilhamento ilegal de dados ocorria pelo aplicativo de teste de personalidade “This Is Your Digital Life”. (Foto: Reprodução)

Publicações de apoio ou crítica ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT têm se misturado a anúncios de venda de imóveis, smartphones ou botijões de gás no Marketplace, ferramenta que permite a compra e venda dentro do Facebook. O jornal O Globo identificou vendedores que fazem propaganda política entre uma venda e outra, além de usuários que utilizam o canal apenas para posicionamentos partidários.

Em um dos casos de suposto anúncio de venda, um usuário critica a deputa federal Bruna Furlan (PSDB-SP). “Você sabia que Bruna Furlan perdeu 144 mil votos na última eleição?”, escreve de antemão. A publicação segue descrevendo a trajetória da parlamentar. Ao final, o internauta diz que a tucana vai concorrer à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por “medo de não conseguir a reeleição”.

Este mesmo usuário tem cinco anúncios ativos no Facebook: três exatamente iguais a este e dois em apoio ao deputado Gil Arantes (DEM-SP). “Gil ta on, em vez de olhar adiante com medo, olhe para cima com Fé”, defende.

Além deste usuário com apenas posts políticos, uma vendedora de persiana utilizou o canal para se manifestar a favor reeleição de Bolsonaro. Na onda antipetista, quando é buscado a palavra “ladrão” na ferramenta, surge uma série de publicações sobre o pré-candidato à presidência do PT. Um perfil sem nome e sem qualquer identificação tem 24 anúncios contra o ex-presidente. Expressões como “Lula ladrão” e “político corrupto” permeiam quase todos.

Bolsonaro também é alvo da oposição. Um vendedor mineiro publicou uma previsão do dia 1º de janeiro de 2023, na qual Lula aparece retirando Bolsonaro do poder e escreveu “Fora Bolsonaro”. Em geral, o usuário vende botijões de gás, carros e aparelhos celulares e tem mais de cem anúncios ativos na plataforma.

Possível falha

Para a especialista em comportamento do consumidor Alice Whately, a presença de ideias políticas pode indicar uma falha no algoritmo:

“O Marketplace é encarado como uma ferramenta de comunicação. Muitas pessoas estão lá para anunciar um empreendimento que não será vendido pela plataforma, alguns usuários entram no canal quando se cansam do status do Facebook. Portanto, não é de se estranhar que as pessoas estejam usando a ferramenta para expor ideias políticas, mas pode indicar uma falha no algoritmo em permitir isso. Quando se torna uma arena política, ele perde a relevância enquanto ferramenta de vendas.”

A especialista alerta ainda que o espaço é utilizado como forma de distração e que os usuários não têm necessariamente a intenção de compra quando o acessam.Os usuários recorrem para saber se tem alguma oportunidade ou algo interessante para comentar com os amigos. O Facebook filtra os temas de interesse e a geolocalização, acaba sendo uma extensão do que já ocorre na rede social”, afirma Whately.

O perfil do consumidor que utiliza a ferramenta é bem diverso. Antes da pandemia, o público-alvo tinha de 18 a 45 anos, mas, atualmente, a faixa etária acima dos 45 se tornou bastante relevante para o e-commerce.

No regulamento do Facebook Marketplace, a plataforma esclarece que os anúncios devem seguir as políticas de publicidade da Meta, empresa que também é dona do Instagram e WhatsApp. Sobre temas sociais, eleições ou política, os vendedores precisam preencher um processo de autorização para serem regulamentados como propaganda política. A veiculação sem autorização viola os padrões da comunidade e pode ocasionar na suspensão dos anúncios e contas relacionadas. Procurados, os anunciantes não quiseram se manifestar. As informações são do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/disputa-politica-chega-ao-marketplace-do-facebook/ Disputa política chega ao marketplace do Facebook 2022-05-02
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