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Variedades Dissertação de mestrado de artista gráfica do RS vira história em quadrinhos

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Mulheres Caídas, de Aline Daka, será lançado dia 2.

Foto: Steph Lotus/Divulgação
Mulheres Caídas, de Aline Daka, será lançado dia 2. (Foto: Steph Lotus/Divulgação)

A artista gráfica, ilustradora e professora Aline Daka lança, nesta segunda-feira (2), a História em Quadrinhos (HQ) “Mulheres Caídas”. O trabalho é um manifesto noturno, de poesia intimista, marginal e anárquica sobre as mulheres rebeldes nas artes, aquelas que saem à noite, as artistas, as boêmias.

No formato de uma HQ experimental não linear, a publicação dá visibilidade ao tema da ruptura, da desobediência e da libertação feminina, fazendo das ondas do feminismo um turbilhão oceânico como propulsão criadora. O lançamento, da Skript Editora, será no site da Amazon e já está disponível para pré-venda, com 25% de desconto.

Conforme a autora, a obra pretende ser um dispositivo visual de pensamento a nos provocar as sensações de desvio dos padrões, através da figura poética da mulher. O experimentalismo nos quadrinhos traz questões urgentes do universo feminino, em perspectivas transversais artísticas, literárias e filosóficas. A HQ Mulheres Caídas aborda temas como violência, identidade, memória, “artes menores” e visibilidade feminina na história da arte. Referências da contracultura e do pop aparecem nos desenhos, que abrangem desde o romance gótico até o movimento punk.

Os leitores vão encontrar reunidas nessa HQ as primeiras mulheres livres e liberadas da Europa do século XIX; anarquistas presas pelo Estado; o grupo Mujeres Caídas, formado por figuras que perambulavam sem destino durante a Guerra Civil Espanhola, iniciada em 1936; anarcofeministas do movimento Mulheres Libres, também nos anos de 1930; figuras do tango na Argentina, “Las Milonguitas”; escritoras conhecidas e anônimas, as chamadas “malditas”.

A obra é desenhada de modo fragmentado, como uma bricolagem (montagem ou instalação de qualquer coisa) autoral e apresenta colagens citacionais de artistas e escritoras góticas, beatniks, surrealistas e dadaístas, como Hilda Hilst, Diane di Prima, Sylvia Plath, Ana Cristina Cesar, Forough Farrokhzad, Alejandra Pizarnik, Aglaja Veteranyi e outras. Elas estão misturadas com escritas de artistas marginais, de punks e outras anônimas, como as “meninas cuspideiras”, as periféricas e rebeldes, precoces, figuras de desvio entre uma criança-mulher.

Durante o mestrado, Aline ainda fez uma residência de estudos na Casa do Sol, do Instituto Hilda Hilst, em Campinas (SP). Ela esteve lá com sua orientadora, Paola Zordan, e uma colega, também artista. A três ficaram uma semana, em um projeto financiado pelo Programa de Pós-Graduação em Edu Educação da UFRGS.

Aline revela o seu sentimento de correspondência e gratidão para com as artistas que tanto admira – as mulheres caídas da história e as de resistência ao seu redor – vendo que a sua trajetória de vida e ideais deram certo, rendendo tantos frutos como um mestrado, exposições até no exterior, a profissão de professora/pesquisadora e a sua mensagem sendo difundida para o mundo.

Aline Daka é uma artista gráfica e ilustradora, apaixonada pelo desenho expandido contemporâneo, que atravessa as artes visuais, a literatura, a filosofia e agora também a Educação. Ela tem 42 anos, é porto-alegrense e começou desde criança a desenhar, fazendo meninas como bonecas de papel. Seu nome artístico Daka foi inventado da época em que fazia fanzines, na década de 90. É uma referência à Franz Kafka, escritor que estava lendo na época. Ela começou a sua construção artística na adolescência, com a produção de fanzines.

Anarcopunk nos anos 90, Aline se identificava com o fato deste ser um movimento jovem, bastante artístico e político, que reunia pessoas de diferentes meios, interessadas em mudar a vida.

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https://www.osul.com.br/dissertacao-de-mestrado-de-artista-grafica-vira-historia-em-quadrinhos/ Dissertação de mestrado de artista gráfica do RS vira história em quadrinhos 2021-07-31
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