Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2016
Decisões recentes do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli, ampliaram o distanciamento entre ele, o PT e o Palácio do Planalto. O desgaste foi reforçado pela “dobradinha” entre o ex-advogado-geral da União na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF mais crítico ao governo, Gilmar Mendes.
Três episódios ilustram o afastamento de Toffoli em relação ao governo e ao PT, embora ainda hoje ele seja alvo de grupos antipetistas. O mais recente ocorreu na análise do rito do impeachment no STF, em dezembro. “Se um presidente não tem apoio de 1/3 dos deputados, fica difícil a governabilidade”, disse o ministro naquela sessão, ao se alinhar aos votos vencidos dos ministros Luiz Edson Fachin e Gilmar Mendes, contrários à tese governista, que venceu a discussão.
Responsável pela indicação de Toffoli ao STF, Lula é um dos maiores críticos da aproximação dele com Mendes. Toffoli disse que “sempre teve posição de total independência” e destacou que as decisões no STF e no TSE são tomadas com base na Constituição.
No PT, a mágoa com Toffoli começou no julgamento do mensalão. Apesar de absolver o ex-ministro José Dirceu, o ministro condenou o ex-presidente do partido José Genoino.