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Por Redação O Sul | 22 de abril de 2016
O Júri popular de Eliseu Pompeu Gomes e Fernando Junior Treib Krol está marcado para o dia 19 de maio. Os dois são acusados de participação no assassinato do ex-secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, em 26 de outubro de 2010.
Nesta data, por volta das 21h25min, o médico e ex-vice-prefeito foi abordado enquanto dirigia pela rua Hoffmann, no bairro Floresta, recebendo vários tiros. Pela denúncia do Ministério Público, Gomes foi o responsável pelos disparos. Versão que Krol, em depoimento a um policial, corroborou.
Os réus, conforme decisão do juiz Volnei dos Santos Coelho, serão julgados por homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio que resultou em perigo comum, emprego de meio que dificultou a defesa, e assegurar a impunidade de outros crimes).
O Conselho de Sentença, formado por sete jurados, ainda decidirá se os acusados incorreram em cinco crimes conexos: comunicação falsa de crime (apenas Gomes), receptação de veículo roubado (do carro usado no ataque), adulteração de placa, fraude processual (queima do veículo) e formação de quadrilha.

O crime ocorreu na rua Hoffmann, no bairro Floresta, em outubro de 2010. (Foto: Neco Varella/ Freelancer)
Mesmo caso, diferentes processos
Krol e Gomes foram inicialmente denunciados com outros seis réus no mesmo processo, que, posteriormente, passou por diversas cisões. A partir de aditamentos na denúncia, 13 pessoas respondem por algum tipo de participação, segundo o MP, na trama que redundou na morte do médico.
Em decisão de outubro de 2013, o juiz Volnei dos Santos Coelho determinou que fossem a Júri popular mais dois acusados: Marcelo Machado Pio e Jonatas Pompeu Gomes. Recurso contra essa decisão tramita no TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul). Nesse mesmo processo, o MP questiona a sentença relativa aos réus Marco Antônio de Souza Bernardes, José Carlos Elmer Brack e Cássio Medeiros de Abreu, que os impronunciou – mas manteve a denúncia pelo crime de corrupção.
Robinson Teixeira dos Santos e Marcelo Dias de Souza também vão a júri por decisão da juíza Tânia da Rosa, de setembro de 2014. Recursos contestam a sentença de pronúncia, ainda sem definição.
Em outro processo, Jorge Renato Hordoff de Mello responde por homicídio qualificado. Janine Ferri Bitello, Aroldo Veriano da Silva e Adelino Ribeiro da Silva, após cisão, também são réus em processo de homicídio qualificado.