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Mundo Militares venezuelanos desertam em meio à tensão na fronteira com o Brasil

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Juan Guaidó postou fotos de manifestações pelo seu país. (Foto: Reprodução/Twitter)

Dois militares da Guarda Nacional Bolivariana desertaram pela fronteira da Venezuela com o Brasil. São dois sargentos, que chegaram na noite de sábado (23) e estão alojados no abrigo para refugiados de Pacaraima, disse o coronel do Exército brasileiro Georges Feres Kanaan neste domingo (24).

Os dois sargentos são os primeiros militares venezuelanos a desertar do regime de Nicolás Maduro pela fronteira brasileira. Também no sábado, mais de 60 abandonaram o próprio país para a Colômbia, em uma dia de confrontos entre apoiadores do presidente venezuelano e opositores.

“Estamos aqui no posto de triagem da Operação Acolhida e ontem à noite dois militares da guarda nacional venezuelana se apresentaram como refugiados”, disse Kanaan, que é coordenador-adjunto da Operação Acolhida, voltada a receber os venezuelanos que deixam o país vizinho em direção ao Brasil.

Segundo Kanaan, os dois militares estavam uniformizados e entraram no Brasil a pé, por um local não identificado, e pediram refúgio. “Nossa preocupação foi o acolhimento, para eles sentirem que estão sendo acolhidos. O tratamento dado a eles é como para qualquer outro solicitante de refúgio”, disse.

Os dois militares, que estavam desarmados, disseram a autoridades brasileiras que decidiram desertar após os confrontos de ontem entre venezuelanos e soldados da guarda nacional na fronteira com o Brasil, e após conflitos em Santa Helena de Uairén, que deixaram 3 mortos segundo um a médica venezuelana.

Os venezuelanos afirmaram às autoridades que outros militares pensam em fugir do país.

Ajuda humanitária frustrada e confrontos

As deserções de militares venezuelanos ocorreram no chamado Dia D, quando a oposição, comandada pelo autoproclamado presidente Juan Guaidó, tentou fazer com que o regime de Maduro permitisse a entrada de ajuda humanitária por meio das fronteiras com o Brasil e a Colômbia.

As duas tentativas foram frustradas, e houve confrontos. Segundo o governo colombiano, 285 pessoas ficaram feridas nos embates ocorridos na fronteira com a Venezuela. Dois caminhões com ajuda humanitária foram incendiados e outro teve a carga retirada para evitar que fosse perdida.

No Brasil, os dois primeiros caminhões com alimentos e remédios chegaram até Pacaraima no sábado (23), mas não puderam entrar na Venezuela e foram recolhidos. Após a retirada deles, venezuelanos que estavam do lado brasileiro atacaram uma base venezuelana no território do país vizinho.

Os militares venezuelanos reagiram e segundo o coronel Jacaúna, comandante da Operação Acolhida, lançaram bomba de gás e dispararam com arma de fogo, inclusive contra o território brasileiro.

Manhã tranquila no Brasil

Na manhã deste domingo, a situação foi tranquila na região da fronteira brasileira, que permanece fechada desde sexta-feira, por ordem de Nicolás Maduro. Cerca de 200 se aglomeram do lado brasileiro.

Do lado venezuelano, os militares fazem uma barreira a cerca de 800 metros da linha que divide os dois países, como ocorre desde sexta-feira. Diferentemente do que ocorreu nos dias anteriores, entretanto, a bandeira da Venezuela não foi hasteada. No sábado, ela foi retirada por manifestantes no momento do conflito.

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