Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de março de 2020
Após salto de 6% na abertura, moeda dos EUA desacelera com anúncio de leilões extras do Banco Central
Foto: Marcos Santos/USP ImagensO dólar opera em forte disparada nesta quinta-feira (12), batendo R$ 5 pela primeira vez na história, em mais um dia de turbulência nos mercados, após a OMS (Organização Mundial de Saúde) ter classificado o surto como uma pandemia e depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, proibiu viagens da Europa para os Estados Unidos por 30 dias.
Às 12h31min, a moeda norte-americana subia 3,18%, a R$ 4,8715. Na abertura, chegou a saltar mais de 6% e bateu R$ 5,0277 – nova máxima nominal (sem considerar a inflação) já registrada no País. Com o salto desta quinta, o avanço no ano chega a quase 22%.
Já o dólar turismo era negociado a R$ 5,0905, sem considerar a cobrança de IOF. Nas casas de câmbio, o dólar já era vendido a R$ 5,10, com a cotação para compra em cartão pré-pago superando R$ 5,30.
Já a Bolsa voltou a ter os negócios paralisados nesta quinta-feira, depois de acionado o segundo “circuit breaker” do dia . Às 12h18min, o Ibovespa tinha queda de 15,74%, a 71.768, após a segunda paralisação dos negócios do dia.
A disparada do dólar acontece mesmo após uma atuação mais forte do BC (Banco Central) no mercado de câmbio com uma oferta de até US$ 2,5 bilhões em moeda à vista, cancelando o anúncio inicial de venda de até 1,5 bilhão feito no dia anterior.
A intensidade de alta do dólar nesta quinta-feira, entretanto, diminuiu após o BC anunciar dois leilões extras de dólar em moeda à vista de até US$ 2,25 bilhão. Na véspera, o dólar encerrou o dia a R$ 4,7215, em alta de 1,65%. Na semana, o dólar acumulou até o leilão de quarta-feira (11) alta de 1,88%. Na parcial do mês, o avanço é de 5,37%. Em 2020, a alta chegou a 17,75%.