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Economia Após duas interrupções Bolsa fecha a 14,76%, maior perda desde 1998, e dólar em R$ 4,78, novo recorde

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Negócios foram paralisados às 10h22min, quando o Ibovespa caía 11,65%, e segundo "circuit breaker" foi acionado às 11h12min quando a queda chegou a 15,43%.

Foto: Agência Brasil
Bolsa encerra sessão em forte alta. (Foto: Agência Brasil)

A Bolsa fechou em queda de 14,76% nesta quinta-feira (12), aos 72.598,16 pontos. É a pior queda desde 1998. E o dólar, que começou o dia na máxima histórica de R$ 5,0280, recuou às 16h52 e chegou ao valor mínimo do dia, a R$ 4,7521. Mas ainda assim, terminou em alta de 1,41%, cotado a R$ 4,7891 – o maior recorde histórico de fechamento.

O cenário passou a ficar um pouco menos caótico após o Banco Central americano, Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês), anunciar um programa de injeção de liquidez no mercado americano, de US$ 1 trilhão, entre esta quinta-feira, 12, e sexta-feira, 13. por meio de operações de recompra de títulos. O índice DXY, que mede o dólar ante divisas fortes, desacelerou o ritmo de alta. Às 14h10, o dólar à vista tinha alta de 1,30%, a R$ 4,7835. No mercado futuro, o contrato para abril tinha queda de 0,72%, a R$ 4,7865.

Queda chegou a 19%

O catalisador para a queda tão alta da bolsa, foi a decisão do presidente norte-americano Donald Trump, anunciada na noite de quarta, de proibir viagens da Europa para os Estados Unidos por 30 dias.

Os negócios foram paralisados às 10h22min, quando o Ibovespa caía 11,65%, e os papéis da Petrobras tombavam mais de 20%.  O segundo “circuit breaker” foi acionado às 11h12min quando a queda chegou a 15,43%, a 72.026 pontos. O “circuit breaker” é o sistema que interrompe os negócios automaticamente por 30 minutos quando a queda supera 10% e 1 hora quando a queda supera 15%.

Na reabertura, a bolsa perdeu os 70 mil pontos, atingindo 19% de baixas, às 13h52, aos 68.515,79 pontos. Depois, reduziu a queda para 14,43%, recuperando os 72 mil pontos, às 15h39.

O dólar, por sua vez, chegou a passar de R$ 5 na abertura, mas a disparada perdeu força após uma atuação mais forte do Banco Central com leilões de dólares em moeda à vista. Após essa ação do BC, a moeda americana flutuava entre R$ 4,83 e R$ 4,90, até chegar aos R$ 4,78.

Impactos do coronavírus

A medida de Trump assustou os mercados, que seguem de olho nos impactos do coronavírus na atividade econômica mundial. Também na terça, a OMS (Organização Mundial de Saúde) classificou o surto como uma pandemia – logo depois, a bolsa brasileira caiu mais de 10%, e teve seus negócios paralisados. O Ibovespa encerrou a terça em baixa de 7,64%, 85.171 pontos.

Cenário doméstico

Pesa também no mercado de câmbio nesta quinta-feira a derrota sofrida pelo governo no final da tarde de quarta-feira, após o Congresso Nacional derrubar o veto presidencial a projeto que amplia o acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), com impacto estimado em cerca de R$ 20 bilhões já no primeiro ano.

Em razão do impacto orçamentário da medida, o mercado enfrenta agora outro vetor de risco, do lado fiscal brasileiro, o que aumenta as incertezas sobre as relações entre Executivo e Legislativo, e sobre o ritmo de recuperação da economia brasileira.

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