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Economia Após condenação de Bolsonaro, dólar encerra no menor patamar em um ano e três meses

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Durante o pregão, a moeda americana chegou a ser negociada no patamar de R$ 5,34.

Foto: Freepik
O recuo da moeda americana no Brasil acompanhou o movimento global. (Foto: Freepik)

O dólar fechou o pregão dessa sexta-feira (12) em queda de 0,7%, a R$ 5,353, o menor patamar desde junho do ano passado. O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,61%, aos 142.271 pontos. O fato de os Estados Unidos não terem anunciado retaliações ao Brasil após a condenação de Jair Bolsonaro foi considerado um dos fatores para um dia positivo para o real.

Para analistas, a perspectiva de cortes nas taxas de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve (o banco central americano) ajuda a atrair recursos para o Brasil, valorizando o real. Durante o pregão, a moeda americana chegou a ser negociada no patamar de R$ 5,34.

“Hoje o dólar está caindo principalmente por conta de três cortes de juros que o mercado já está precificando nos Estados Unidos, que devem acontecer neste ano”, diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos.

É a mesma avaliação de Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank. “Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil e isso favorece o real”, afirma.

A confiança do consumidor dos EUA, indicador divulgado pela Universidade de Michigan, caiu pelo segundo mês consecutivo em setembro, conforme os consumidores observaram riscos crescentes para as condições de negócios, o mercado de trabalho e a inflação.

“Os consumidores americanos se mostraram mais pessimistas nesse mês de setembro, e isso ajudou a consolidar a perspectiva de que vai ter corte de juros nos Estados Unidos”, aponta Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Às 10h30 o Banco Central fez dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de revenda) e vendeu a oferta total, de US$1 bilhão. O Ibovespa operou o dia todo em queda, em movimento de correção após renovar máximas nesta quinta (11).

A preocupação com eventual retaliação dos EUA deu o tom do pregão pela manhã. Ontem, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o país responderá “adequadamente” ao que chamou de novo de “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

“Existe o risco de que os Estados Unidos coloquem mais alguma punição, seja sanção, seja tarifa”, diz Mattos, da StoneX. “O fato é que essa condenação dificulta uma solução negociada entre Brasil e Estados Unidos para tentar reduzir essas tarifas.”

O mercado ainda avaliou os dados de serviços no Brasil em julho, divulgados pelo IBGE. O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,3% em julho sobre o mês anterior, em linha com o esperado por economistas. Foi a sexta alta mensal consecutiva do setor, que segue mostrando resiliência em meio ao aperto monetário.

No exterior, Wall Street tinha variações tímidas, após também renovar máximas históricas na quinta-feira, em meio às expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve. O S&P 500 rondava a estabilidade, enquanto o Nasdaq tinha variação positiva de 0,23% e Dow Jones perdia 0,12%.

Para a equipe da Ágora Investimentos, o tom mais contido no exterior e um receio entre os investidores sobre uma possível reação dos Estados Unidos ao desfecho do julgamento de Bolsonaro no STF poderiam prejudicar o desempenho dos ativos locais nesta sexta-feira, conforme relatório a clientes.

 

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