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Por Redação O Sul | 9 de março de 2020
Dólar opera em alta em dia de forte tensão nos mercados por conta do tombo nos preços do petróleo e ainda marcado pelas tensões com o avanço do coronavírus
Foto: Marcos Santos/USP ImagensO dólar opera em alta nesta segunda-feira (09), em dia de forte tensão nos mercados por conta do tombo nos preços do petróleo e ainda marcado pelas tensões com o avanço do coronavírus.
No início da manhã, o Banco Central cancelou o leilão de até US$ 1 bilhão em swaps previsto, e aumentou a oferta anunciando outro leilão do mesmo tipo, mas com oferta de até US$ 3 bilhões. Às 9h55, a moeda norte-americana tinha alta de 2,38%, a R$ 4,7444. Na máxima até o momento, a moeda chegou a R$ 4,7921.
Na sexta-feira (06), a moeda teve um pequeno alívio após 12 altas seguidas, e fechou em queda de 0,36%, a R$ 4,6343, numa sessão marcada por volatilidade e nova intervenção do Banco Central. Na semana, o dólar acumulou alta de 3,42%. No ano, já subiu 15,57%.
Tombo nos preços do petróleo
Os preços dos contratos do petróleo recuavam ao redor de 20% nesta segunda-feira, depois que a Arábia Saudita cortou o valor de venda do barril e indicou o início de uma guerra de preços entre os grandes produtores.
Na abertura dos negócios no mercado asiático, ainda no noite de domingo (horário de Brasília). O preço do petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991).
A decisão da Arábia Saudita vem na esteira do fracasso das negociações entre a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a Rússia sobre o volume da produção da commodity.
A Rússia se opôs ao corte de produção sugeridos pela Opep para estabilizar os preços do petróleo em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.
“O avanço do coronavírus trouxe pânico para o mercado de petróleo”, diz o sócio fundador do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), Adriano Pires. “O preço do petróleo nesse patamar deve provocar um estrago nas economias. O tamanho desse estrago vai depender de por quanto tempo os preços ficarão nesse patamar.”