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Economia Dólar encerra em queda após comentários do presidente Lula sobre não brigar com o chefe do Banco Central

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Após forte oscilação, o dólar comercial fechou em queda de 0,18%, cotado a R$ 5,2110. (Foto: Divulgação)

O dólar comercial encerrou a sessão dessa quinta-feira (16) em leve queda, depois de muita instabilidade, em meio à força global da moeda americana na
sessão devido a dados mais fortes da inflação ao produtor nos Estados Unidos.

O que ajudou a alterar a orientação da moeda foram comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre não brigar com o chefe do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. A bandeira branca levantada por Lula, porém, não foi suficiente para consolidar uma recuperação consistente do real, com o câmbio oscilando bastante até o fim da sessão, mas com o dólar terminando penalizado.

Encerradas as negociações, o dólar comercial fechou em queda de 0,18%, cotado a R$ 5,2110, depois de ter atingido a mínima de R$ 5,1968 e a máxima de R$ 5,2589. Já o contrato da moeda americana para março operava, às 17h35, em alta de 0,05%, a R$ 5,2300. No exterior, o dólar avançava 1,91% contra o rand sul-africano, enquanto recuava 0,42% ante o peso mexicano. O índice DXY, que mede o peso do dólar ante uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, exibia alta de 0,08%, a 104,008 pontos.

A sessão começou com o dólar comercial seguindo o movimento externo e
ganhando força após a divulgação de indicadores de inflação ao produtor nos
Estados Unidos mais fortes do que o esperado.

Para um operador de câmbio de uma gestora do País, o dado forte ajudou a
fortalecer o dólar no exterior e o movimento não foi diferente por aqui. O operador ainda apontou que a fala de Loretta Mester, do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Cleveland, também ajudou a fortalecer a moeda.

Em evento nessa quinta, Mester afirmou que na reunião mais recente do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) houve um momento conveniente para que se subisse as taxas em 0,50 ponto percentual, e não em 0,25 ponto como ocorreu.

Cabe lembrar que na manhã dessa quinta, além de o dólar ter se fortalecido de
forma global, o rendimento da T-note de dez anos ganhou ímpeto e se aproximou do maior nível de fechamento em 2023, com o retorno avançando, a 3,844%, de 3,807% da última sessão.

Como disse Felipe Novaes, chefe da mesa de operações do C6 Bank, uma série de indicadores da economia americana — como o CPI (índice de preços ao
consumidor), o PPI (índice de preços ao produtor) e vendas no varejo — mostra que o processo de desinflação nos EUA pode ser mais lento do que o mercado vinha precificando.

“A curva de juros americana, que até semana passada precificava altas de 0,25 ponto percentual nas duas próximas reuniões do Fomc, já começa a embutir a possibilidade de mais uma alta de 0,25 ponto na reunião de junho e, praticamente, não precifica mais queda no Fed Funds neste ano”, afirmou, em nota.

Diante do temor por um aperto monetário mais longo, o dólar se manteve firme frente ao real boa parte da sessão, perdendo força à tarde, quando a CNN divulgou trechos de sua entrevista com o presidente Lula. Na conversa, o chefe do Executivo afirmou que não cabe ao presidente da República ficar brigando com o presidente do BC,

“Pela manhã havia uma certa cautela sobre a entrevista do Lula, com os trechos liberados até agora, parece que o presidente levantou uma bandeira branca, acenando que quer evitar conflito com o BC”, disse Celso Pereira, diretor de investimentos da Nomad.

Ainda na leitura de Pereira, também foi positivo para o movimento do câmbio o fato de a revisão do regime de metas de inflação não estar na pauta do encontro do Conselho Monetário Nacional (CMN). “Agora resta acompanhar o desdobramento do arcabouço fiscal. O BC vai depender muito disso para se comunicar, e o mercado vai ficar em posição de cautela.”

tags: educação

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