Quinta-feira, 17 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 8 de dezembro de 2020
Bolsa chegou a subir 0,7%, mas encerrou próxima da estabilidade.
Foto: Marcos Santos/USP ImagensNum dia de altos e baixos no mercado financeiro, o dólar encerrou em leve alta depois de encostar em R$ 5,06. A bolsa chegou a subir 0,7%, mas quase zerou os ganhos e fechou a sessão próxima da estabilidade.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (8) vendido a R$ 5,129, com alta de R$ 0,008 (+0,17%). Por volta das 13h, a cotação chegou a R$ 5,066, mas a divisa inverteu o movimento e passou a registrar valorização na última hora de negociação.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 113.793 pontos, com alta de 0,18%. O indicador operou com ganhos durante toda a manhã, mas caiu durante a tarde até se recuperar nos minutos finais da sessão.
Apesar do início da vacinação contra a Covid-19 no Reino Unido, os investidores internacionais tiveram um dia de hesitação, mediante o aumento de casos da doença nos Estados Unidos e em diversos países da Europa. Um movimento de realização de lucros, quando os aplicadores vendem ações para embolsarem ganhos recentes, dominou o mercado ao longo da tarde.
Somente perto do fim do dia, o otimismo voltou ao mercado externo, depois que a companhia Johnson & Johnson anunciou que poderia publicar, em janeiro, resultados de testes em estágio final de uma vacina de dose única contra a Covid-19. Os testes seriam concluídos antes do prazo inicialmente previsto.
Impulsionadas pelo avanço nas pesquisas da vacina, os índices norte-americanos fecharam em alta. O índice Dow Jones (das empresas industriais) subiu 0,38%, o S&P 500 (das 500 maiores empresas) valorizou-se 0,29%, e o Nasdaq (das empresas de tecnologia) teve alta de 0,49%.
Estimativa de dólar e inflação
A estimativa do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 3,54% para 4,21%, de acordo com o boletim Focus, divulgado na segunda-feira (7), pelo BC (Banco Central). O documento, divulgado às segundas-feiras, reúne as projeções para os principais indicadores da economia.
Conforme mostra a instituição, essa é a 17ª alta seguida da estimativa e extrapola, pela primeira vez, o centro da meta de inflação definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para este ano, de 4%. Se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, porém, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%.
A projeção para 2021 também foi atualizada, ao cair de 3,47% para 3,34%, destoando da tendência verificada até a semana passada, que era de crescimento. As previsões para 2022 e 2023 mantiveram-se estáveis em 3,50% e 3,25%, respectivamente.
Outra referência que consta do boletim é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Nesta edição, também foi mantida inalterada, de 2% ao ano para o final de 2020. Segundo as estimativas, a taxa deverá ser de 3% ao ano, ao final de 2021, conforme o BC já havia informado no boletim anterior. Em relação ao fim de 2022 e 2023, o valor estimado é de 4,5% ao ano e 6% ao ano.
A última reunião deste ano do Copom (Comitê de Política Monetária), responsável por definir a Selic, foi marcada para esta terça (8) e quarta-feira (9).
A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo da população. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.
O mercado financeiro também ajustou de 4,50% para 4,40% a previsão referente à retração da economia, neste ano. Da semana passada para cá, a expectativa de crescimento, em 2021, foi modificada de 3,45% para 3,5%. Para os anos de 2022 e 2023, espera-se que o PIB (Produto Interno Bruto), que resulta da soma de todas as riquezas do país, cresça 2,50%.
Ainda segundo o boletim Focus, a cotação do dólar para o final deste ano está em R$ 5,22 – valor inferior ao registrado no último levantamento, feito há uma semana, quando estava em R$ 5,36. Para 2021, o mercado financeiro baixou de R$ 5,20 para R$ 5,10 e, para 2022, manteve em R$ 5.