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Economia Dólar fecha no maior valor desde março de 2021, em meio a fortes quedas nas Bolsas globais

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Moeda superou avanço da semana passada e terminou o dia cotada a R$ 5,74. (Foto: Reprodução)

O dólar comercial terminou o dia com alta de 0,56%, cotado a R$ 5,7412 – maior valor desde 30 de março de 2021. A moeda norte-americana chegou a valorizar mais de 2% durante a manhã, alcançando R$ 5,86 durante as negociações, em um dia marcado pelo nervosismo nos mercados do mundo todo.

Pares emergentes também sofreram: o peso mexicano e o rand sul-africano perderam valor, enquanto a libra britânica e o iene japonês se valorizaram frente ao dólar.

O dia começou tenso nos mercados da Ásia, com a Bolsa de Tóquio despencando 12,4%, maior queda desde 1987, diante de sinais de maior desaceleração da economia dos Estados Unidos que o esperado pelos analistas – que aumentaram as chances de uma recessão em suas projeções.

No Brasil, a Bolsa de São Paulo, a B3, abriu no vermelho e chegou a cair mais de 2% no início das negociações, mas terminou o dia com queda mais amena, de 0,46%, aos 125.270 pontos. O temor de uma desaceleração na economia americana levou a queda de commodities, o que arrasta para baixo as principais empresas do Ibovespa, principal índice da B3: Vale e Petrobras.

No fim do dia, os papéis da mineradora recuaram 0,52%, valendo R$ 57,02. Expectativas de uma economia chinesa também desaquecendo e sem reação a estímulos para fomentar a economia refletiam nos papéis da mineradora, que possui o país como um dos maiores clientes.

O barril do petróleo tipo Brent também caiu, em retração de 0,83%, a pouco mais de US$ 76. Por aqui, os papéis da Petrobras encerraram para baixo: os ordinários, com direito a voto, terminaram o dia em queda de 0,83%, a R$ 38,32.

O clima de temor com a recessão global também se refletia nos principais índices acionários da Europa e EUA. As Bolsas de Nova York terminaram o dia apontando para baixo: o índice Dow Jones retraiu 2,6%, aos 38.703 pontos. O S&P 500 recuou 3%, aos 5.186 pontos. E o Nasdaq, que concentra papéis de tecnologia, caiu 3,43%, aos 16.200 pontos.

Na Europa, a queda também foi generalizada. O índice FTSE 100, em Londres, caiu 2,04%; o CAC 40, em Paris, reduziu 1,42%; em Frankfurt, na Alemanha, o DAX perdeu 1,82%. O EuroStoxx, índice de bolsa composto por 50 ações de toda zona do Euro, caiu 1,45%.

“É um dia de forte aversão ao risco nesse começo de semana. Em grande parte esse movimento é uma continuidade da sexta-feira da semana passada, quando foi acionado um gatilho de aversão ao risco”, afirma César Garritano, economista-chefe da Somma Investimentos.

O dia foi de nervosismo nos mercados globais, diante de um temor de que a economia americana possa entrar em recessão. As Bolsas da Ásia tiveram fortes perdas e, em Tóquio, o principal índice acionário local despencou 12,4%, a maior queda desde 1987.

Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul precisou acionar o circuit breaker, quando as negociações são interrompidas em meio a fortes oscilações, mas ainda assim fechou em queda de 8,8%.

O pessimismo se alastrou pelas Bolsas europeias, que operavam em queda de mais de 2%. E também nas negociações pré-mercado das Bolsas americanas – o futuro do índice Nasdaq chegou a cair 6,5%.

Desemprego

O gatilho para a virada de humor dos investidores foi a divulgação, na sexta-feira passada, do relatório sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. A pesquisa foi conhecida após o fechamento das Bolsas na Ásia e mostrou uma taxa de desemprego em julho em 4,3%, o maior patamar desde outubro de 2021.

Os analistas começaram a ver, então, chances maiores de uma recessão nos EUA e a avaliar que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) já deveria ter começado um ciclo de corte nas suas taxas de juros básicas — na semana passada, o Fed manteve a taxa inalterada entre 5,25% e 5,5% ao ano e sinalizou que vai cortá-la na sua próxima reunião regular, marcada para setembro.

Um relatório do Goldman Sachs aumentou de 15% para 25% as chances de os EUA entrarem em recessão. Analistas do JPMorgan são ainda mais pessimistas, em veem um risco de 50% da economia americana se tornar recessiva.

 

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