Sexta-feira, 18 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2022
O dólar nos mercados globais não deve subir “muito mais” ante os patamares de agora, avaliaram analistas do banco UBS em relatório nesta segunda-feira (30), no qual também rebaixaram a classificação da moeda norte-americana de “preferida” para “neutra”.
“Embora o dólar tenha até recentemente provado seu valor como hedge na carteira, a narrativa de investimento do mercado de câmbio está mudando. O dólar se fortaleceu a um ponto em que vemos apenas ganhos incrementais e temporários à frente”, disseram os profissionais no documento.
O UBS também desaconselhou posições compradas na moeda (ou seja, que ganham com a apreciação do dólar). E para posições pró-dólar já em aberto recomendou venda da divisa em momentos de alta para financiar estratégias que ganham com juros, particularmente via moedas ligadas a commodities, como a coroa norueguesa e os dólares australiano, neozelandês e canadense.
A moeda dos Estados Unidos apreciou recentemente ante o euro e o franco suíço, este considerado ativo seguro, em razão da incerteza decorrente da guerra na Ucrânia. O dólar sobe 5,9% no acumulado de 2022 frente a uma cesta de moedas fortes, mas essa alta já foi maior, uma vez que desde que bateu uma máxima em 20 anos, a 105,01, em 13 de maio, o índice do dólar acumula baixa de 3,5%.
De acordo com os analistas do UBS, o poder hegemônico dos EUA, a maior distância geográfica do conflito e laços comerciais mais fracos com o Leste Europeu do que a Europa Ocidental protegem a divisa norte-americana dos efeitos da guerra.
Distorções de liquidez
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (30), com participantes do mercado chamando a atenção para distorções de liquidez devido a um feriado nos Estados Unidos e à aproximação da formação de uma importante taxa de câmbio no mercado local. A moeda norte-americana subiu 0,33%, vendida a R$ 4,7535.
Na sexta-feira, o dólar recuou 0,48%, a R$ 4,7381. Com o resultado desta segunda, o dólar ainda tem baixa de 3,82% na parcial do mês. No ano, acumula desvalorização de 14,73% frente ao real.
Já o Ibovespa fechou em queda. O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, caiu nesta segunda-feira (30), puxado pelo recuo das ações da Petrobras. O indicador teve queda de 0,81%, a 111.032 pontos.
Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,05%, a 111.942 pontos. Com o resultado desta segunda, passou a acumular alta de 2,93% no mês, e de 5,92% no ano. As informações são da agência de notícias Reuters e do portal de notícias G1.