Sábado, 16 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2025
O dólar fechou em alta de 0,27% nessa quarta-feira (13), cotado a R$ 5,400, tendo como pano de fundo a apresentação do plano de contingência do governo Luiz Inácio Lula da Silva para auxiliar empresas afetadas pela tarifa de 50% dos Estados Unidos. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), encerrou o dia com recuo de 0,89%, aos 136.687,32 pontos.
O destaque do dia foi a divulgação do plano do Executivo brasileiro em reação ao tarifaço norte-americano. O governo federal lançou um pacote de medidas para apoiar o setor produtivo afetado pelas tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O plano de apoio prevê R$ 30 bilhões em crédito e será viabilizado por meio de uma medida provisória chamada de MP Brasil Soberano.
Além das linhas de crédito, a Medida Provisória prevê a prorrogação de prazos do regime de drawback, diferimento de tributos federais, compras públicas e um novo Reintegra para empresas afetadas.
“Após a divulgação das medidas a curva de juros opera em alta nos vértices longos, que são mais influenciados por questões estruturais, como o fiscal. No vértice curto, que sofre influência da política monetária, os juros estão em queda, por conta dos dados de vendas no varejo divulgados pela manhã”, apontou Sara Paixão, analista de Macroeconomia da InvestSmart XP.
Na agenda de dados da economia, o IBGE divulgou que as vendas no comércio varejista brasileiro recuaram 0,1% na passagem de maio para junho, marcando a terceira queda mensal seguida. O resultado veio bem abaixo do esperado pelo mercado, que previa algo perto de um crescimento de 0,7%.
Neste cenário, o Ibovespa oscilou entre 137.912,00 pontos na máxima e 136.534,63 pontos na mínima do dia. O volume negociado no índice foi de R$ 22,9 bilhões.
Os receios com o setor fiscal, vindos do anúncio do pacote de medidas do governo, fizeram com que o dólar tivesse uma leve alta ante ao real nessa quarta-feira. No fim do dia, o dólar fechou cotado a R$ 5,40.
O movimento vai na direção contrária da divisa norte-americana no resto do planeta, que na comparação com as principais moedas do mundo fez o índice DXY ficar com menos 0,26%, aos 97,84 pontos.
Bolsas de Nova York
Ainda repercutindo os dados baixos de inflação dos EUA, as bolsas de Nova York continuaram a sentir os efeitos do apetite por risco dos investidores. Com isso, o S&P 500 subiu 0,32%, o índice de tecnologia Nasdaq cresceu de 0,14%, e o Dow Jones teve alta de 1,04%.