Terça-feira, 01 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2022
O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (6), voltando a ficar abaixo de R$ 5,70, com investidores aproveitando o dia mais calmo no exterior para devolver parte das recentes altas da moeda norte-americana.
A moeda norte-americana recuou 0,65%, a R$ 5,6790. Na mínima da sessão, chegou a R$ 5,6790. Na máxima, foi a R$ 5,7245.
Na quarta (5), o dólar fechou em alta de e 0,47%, a R$ 5,7161 – maior valor desde 21 de dezembro de 2021 (R$ 5,7394). Na parcial da semana e do ano, acumula avanço de 1,87% frente ao real.
Contexto
Segundo a agência de notícias Reuters, as preocupações sobre os rumos das contas públicas domésticas neste ano eleitoral voltaram a tirar o sono do mercado e influenciaram na série de três altas do dólar neste começo de janeiro.
“Em 2022, seguimos vendo a incerteza pesando sobre o real, especialmente em meio ao processo eleitoral. Diante disso, mantivemos nossa expectativa de taxa de câmbio de R$ 5,70 para o final de 2022”, disse a XP em cenário macro.
Mas pelo menos nesta sexta-feira (7) é o exterior que tende a de novo dar a tônica dos movimentos do câmbio, com a divulgação de dados de dezembro sobre a geração líquida de postos de trabalho nos EUA.
Os números podem oferecer pistas adicionais sobre se o banco central norte-americano (Fed) poderá de fato antecipar alta de juros e até mesmo começar a reduzir seu balanço patrimonial – esta uma novidade sinalizada na véspera que chacoalhou os mercados globais.
O potencial enxugamento de liquidez pelo BC norte-americano representa um desafio adicional para a classe de ativos emergentes (da qual faz parte o real), que costuma sofrer em situações assim devido ao risco de fuga de capital para os EUA, onde a rentabilidade dos títulos ficaria maior com a alta de juros, pano de fundo de daria suporte ao dólar.
Bovespa
O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, marcou sua primeira alta em 2022 nesta quinta, embora tenha perdido força no final, em sessão volátil no exterior, com investidores ainda refletindo um discurso mais firme do Federal Reserve (Fed) na véspera. O Ibovespa subiu 0,55%, aos 101.561 pontos.
No dia anterior, o Ibovespa caiu 2,42%, aos 101.005 pontos. Foi a maior queda diária desde 26 de novembro e o menor patamar de fechamento desde 1º de dezembro, destacou a Reuters.
Na semana e no ano, a Bolsa já perdeu 3,11%. Em 2021, a Bolsa brasileira acumulou perdas de 11,93% — a primeira queda anual desde 2015.