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Geral Donald Trump chama protestos antirracistas em Kenosha de “anarquia” e anuncia o envio da Guarda Nacional para a cidade

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Trump, no entanto, não pretende abrir mão da chance de nomear um novo juiz. (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o envio da Guarda Nacional para a cidade de Kenosha, no Estado de Wisconsin, que enfrenta violentos protestos desde domingo (23), quando um homem negro desarmado foi baleado por um policial branco. Na noite de terça-feira (25), duas pessoas morreram baleadas durante os protestos, e um jovem de 17 anos foi preso sob a acusação de ser o autor dos disparos. Ele faria parte de uma milícia privada que estaria agindo contra manifestantes.

NÃO vamos tolerar saques, incêndios violência e a anarquia nas ruas americanas. Minha equipe falou por telefone com o governador (Tony) Evers, que concordou em aceitar a assistência federal”, publicou o presidente no Twitter, completando que as forças adicionais seriam enviadas ainda nesta quarta-feira (26). “HOJE, vou enviar forças federais e a Guarda Nacional para Kenosha para restaurar a LEI e a ORDEM!”.

Na terça-feira, segundo o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, Evers, do Partido Democrata, havia rejeitado a oferta de envio da Guarda Nacional. Um dia depois, deu sinal verde para o envio de pelo menos 500 integrantes das forças federais, que atuarão ao lado da polícia na tentativa de controlar os protestos.

Também nesta quarta-feira o candidato democrata à Presidência, Joe Biden, falou com a família de Jacob Blake, o homem baleado no domingo. Em vídeo divulgado depois da conversa, revelou ter dito que “a justiça precisa e será feita”, e escutou que a violência nas ruas não reflete as visões de Blake ou de sua família.

Protestar contra a brutalidade é um direito e é absolutamente necessário, mas queimar as comunidades não é o mesmo que protestar”, afirmou o ex-vice-presidente. “É violência que atinge e prejudica os negócios que servem a comunidade, isso está errado.”

A candidata democrata à Vice-Presidência, Kamala Harris, também participou da conversa. “Ainda há dois sistemas de Justiça nos EUA”, afirmou, mais tarde, em evento de campanha.

Os distúrbios em Kenosha, cidade de 170 mil habitantes de Wisconsin, começaram no domingo, quando um policial branco atirou à queima roupa em Jacob Blake diante dos três filhos dele, que estavam em um carro.

Vídeos do incidente mostram Blake sendo seguido por dois policiais brancos em uma rua residencial da cidade, enquanto ia para o seu carro. Segundo seu advogado, Ben Crump, ele teria apartado uma briga entre duas mulheres quando foi abordado. Crump também representa a família de George Floyd, o homem negro que foi morto por policiais no estado de Minnesota, no final de maio, e cuja morte deu início a uma das maiores ondas de protestos contra o racismo da história dos EUA.

As imagens mostram que um dos agentes o agarrou pela camisa e começou a disparar enquanto ele abria a porta do veículo. Blake está internado em um hospital da cidade em estado grave, porém estável. Uma das balas atingiu a coluna, e os médicos dizem que será necessário um “milagre” para que possa andar novamente.

Em questão de horas, milhares de pessoas deram início a protestos, à medida que imagens do incidente se disseminavam pela internet, assim como ocorreu com Floyd. Desde então, as ruas de Kenosha foram tomadas por cenas de confronto entre manifestantes e a polícia, com depredação de prédios públicos e dezenas de prisões. A noite de terça-feira foi a mais violenta, com duas pessoas mortas a tiros e uma terceira ferida a tiros.

Nesta quarta-feira, as autoridades anunciaram a prisão de um adolescente de 17 anos, acusado de envolvimento nas mortes. Ele foi detido no Estado vizinho de Illinois, onde mora, e as autoridades querem determinar qual sua ligação com as milícias armadas que passaram a ser vistas nas ruas de Kenosha. Os grupos dizem que estão “protegendo propriedade privada”, mas a vice-governadora de Wisconsin não parece ver a questão da mesma forma.

O que parece é que ele (o adolescente preso) integra uma milícia que decidiu agir como justiceira e fazer justiça com as próprias mãos, atirando em manifestantes inocentes”, afirmou Mandela Barnes, à rede de TV MSNBC, antes da confirmação da prisão. O adolescente foi indiciado por homicídio. Nas redes sociais, circulam imagens dele portando um rifle nas ruas de Kenosha e apontando para manifestantes.

As mortes aconteceram na segunda noite da Convenção Nacional Republicana, em que a primeira-dama Melania Trump afirmou que não se deve julgar as pessoas pela cor da pele. Seu tom mais ameno contrasta com o primeiro dia do evento, quando democratas foram acusados de serem lenientes com a criminalidade e de estimularem a divisão racial. Há alguns meses, o próprio presidente Donald Trump chegou a sugerir que a polícia poderia atirar em quem participasse de atos do movimento “Vidas Negras Importam”. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

 

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