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Mundo Donald Trump declarou uma guerra comercial à China

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Em um telefonema, Trump e o presidente da China, Xi Jinping, discutiram questões comerciais nesta terça. (Foto: Reprodução)

O governo de Donald Trump apresentou à China um ultimato comercial. É isso que a “proposta básica” para negociações comerciais com a China que os Estados Unidos apresentaram a representantes do governo chinês na semana passada em Pequim representa na prática. A China não pode atender a essas demandas. O governo americano é ou tolo a ponto de não compreender o fato ou arrogante a ponto de não se incomodar com ele. Esse pode ser um momento decisivo para o relacionamento entre as duas maiores potências mundiais.

O lado americano exige as seguintes “ações concretas e verificáveis”:

A China deve reduzir em US$ 100 bilhões o desequilíbrio no comércio entre os Estados Unidos e a China nos 12 meses que se iniciarão em 1 de junho de 2018, e em mais US$ 100 bilhões nos 12 meses seguintes.

A China também deve eliminar imediatamente todos os “subsídios que distorçam mercados” e conduzam a capacidade excedente. Os chineses devem reforçar a proteção a propriedade intelectual e eliminar requisitos tecnológicos para joint ventures.

“Além disso, a China concordará em deixar de tomar por alvo a tecnologia e propriedade intelectual [dos EUA] por meio de operações cibernéticas, espionagem econômica, falsificação e pirataria. A China também respeitará as leis de controle de exportações dos Estados Unidos”.

A China também retirará suas solicitações à OMC (Organização Mundial do Comércio) quanto a ações tarifárias relacionadas a propriedade intelectual. “Além disso, a China não tomará medidas retaliatórias com relação a medidas tomadas ou a serem tomadas pelos Estados Unidos, entre as quais quaisquer novas restrições americanas… A China abandonará imediatamente todas as ações retaliatórias em vigor.”

A China “não se oporá, contestará ou retaliará contra qualquer imposição de restrições pelos Estados Unidos a investimentos chineses em setores sensíveis de tecnologia americanos, ou setores essenciais para a segurança nacional dos Estados Unidos”. Mas “os investidores americanos na China devem ter acesso ao mercado e tratamento justo, efetivo e não discriminatório, o que inclui a remoção de restrições ao investimento estrangeiro e requisitos quanto a propriedade/participação acionária estrangeira”.

Até 1º de julho de 2020, a China reduzirá as tarifas “em setores não críticos a níveis não superiores” às tarifas americanas equivalentes. Também abrirá acesso a produtos e serviços agrícolas na forma especificada pelos Estados Unidos.

O acordo será monitorado trimestralmente. Caso os Estados Unidos concluam que a China está desrespeitando os termos, poderão impor tarifas ou restrição de importações. A China “não se oporá, contestará ou tomará qualquer forma de ação contra” qualquer dessas imposições americanas. A China também retirará sua queixa à OMC de que não está sendo tratada como economia de mercado.

Telefonema

Em um telefonema, Trump e o presidente da China, Xi Jinping, discutiram questões comerciais nesta terça-feira (8), após autoridades de ambas as potências não conseguirem chegar a um consenso sobre tarifas na semana passada. Há previsão de nova rodada de negociações na próxima semana em Washington.

Trump deu um tom positivo ao anunciar que ligaria para Xi, chamando o presidente chinês de “meu amigo” e prometendo, em um post no Twitter, que coisas boas vão acontecer no comércio.

A televisão estatal chinesa disse que Xi disse a Trump que as relações entre EUA e China estavam em uma fase importante.

“Eu atribuo grande importância às relações bilaterais e prezo o bom relacionamento de trabalho com o sr. Presidente”, disse Xi.

Em um comunicado após a convocação, a Casa Branca informou que o presidente dos EUA “afirmou seu compromisso em garantir que as relações comerciais e de investimento entre os Estados Unidos e a China sejam equilibradas e beneficiem empresas e trabalhadores americanos”.

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