Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de dezembro de 2019
Trump (foto) retuitou uma publicação que incluía o nome do funcionário da CIA no centro do escândalo da Ucrânia, um ato que pode violar o anonimato garantido por lei aos informantes
Foto: Shealah Craighead/The White HouseO Partido Republicano americano pediu para seu líder, o presidente Donald Trump, mostrar mais moderação no Twitter após as diversas críticas recebidas pelo mandatário por revelar a identidade de um homem que é considerado o informante que desencadeou o processo de impeachment.
Trump retuitou uma publicação que incluía o nome do funcionário da CIA no centro do escândalo da Ucrânia, um ato que pode violar o anonimato garantido por lei aos informantes. “Se o presidente tuitasse um pouco menos, não provocaria danos cerebrais”, disse o senador republicano John Kennedy, aliado crucial de Trump.
Trump terminará 2019 como o terceiro presidente na história dos Estados Unidos a ser submetido a um processo de destituição, após ser acusado de pressionar a Ucrânia a investigar Joe Biden, um de seus rivais na tentativa de reeleição para 2020.
É pouco provável que a acusação de abuso de poder e obstrução do Congresso liderada pela Câmara de Representantes seja aprovada pelo Senado, controlado pelos republicanos, em um julgamento que deve começar em janeiro.
Mas Trump parece cada vez mais frustrado porque não foi estabelecida uma data para o julgamento, em meio a um confronto partidista sobre suas regras. O retuíte sobre o informante não estava mais na conta do presidente no sábado (28), embora não se saiba por que foi eliminado.
O grupo de ação política The Democratic Coalition tuitou neste domingo (29) que “enquanto Trump respaldou repetidamente os esforços para desmascarar o informante, seu retuíte marca a primeira vez em que envia seu suposto nome diretamente a seus 68 milhões de seguidores”.