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Mundo Donald Trump recebe vaias e alguns aplausos em velório de juíza da Suprema Corte

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De máscara, e ao lado da esposa, ele parou no alto da escadaria do edifício da Suprema Corte, diante do caixão da juíza. (Foto: Andrea Hanks/The White House)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi vaiado ao comparecer ao velório da juíza Ruth Bader Ginsburg na manhã dessa quinta-feira (24) por parte das pessoas que desde cedo faziam fila para se despedir da magistrada progressista que morreu na última sexta (18).

Pelo segundo dia consecutivo, em entrevista logo depois, ele se negou a confirmar que aceitará o resultado das eleições de 3 de novembro caso seja derrotado pela democrata Joe Biden.

Ao lado da mulher, Melania, Trump compareceu ao velório por volta das 11h locais (10h no Brasil). De máscara, algo incomum ao presidente, e de gravata azul, em vez da tradicional vermelha (cor do Partido Republicano), ele parou no alto da escadaria do edifício da Suprema Corte, diante do caixão da juíza que se tornou um ícone da defesa dos direitos das mulheres. Seu silêncio de cerca de dois minutos, porém, foi quebrado por vaias e gritos de manifestantes. Alguns aplausos também foram ouvidos.

“Votem contra ele”, “honre o desejo dela”, gritaram manifestantes, se referindo ao pedido da juíza para que seu substituto não fosse confirmado “até um novo presidente tomar posse”. Trump, no entanto, já anunciou que deve anunciar sua indicação para a vaga neste sábado (26), a pouco mais de um mês das eleições.

Mais tarde, o presidente disse que não escutou o que os manifestantes diziam.

“Acho que era algum canto político. Mal podíamos ouvir de onde estávamos”, afirmou a repórteres.

A Casa Branca chamou as vaias e gritos de “espantosos e desrespeitosos”.

Também acompanharam Trump ao velório o chefe de Gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e o conselheiro de Segurança Nacional, Robert C. O’Brien. Ambos usavam máscaras e baixaram a cabeça com os olhos fechados em sinal de respeito diante do caixão de Ruth Bader Ginsburg.

Um dia antes, Trump disse acreditar que a eleição de 2020 terminará na Suprema Corte e, por isso, seria importante ter antes da votação o quadro completo de nove magistrados, de modo a não haver risco de um empate caso o máximo tribunal do país seja obrigado a decidir o destino da votação.

Em um evento na Casa Branca, ele voltou a lançar dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral, dizendo, sem apresentar provas, que a ampliação do voto pelo correio por causa da pandemia da covid-19 levaria à fraude. Trump também se recusou a confirmar se está comprometido com uma transição pacífica de poder caso seja derrotado:

“Vamos ter que ver o que vai acontecer”, disse.

Nessa quinta(24), antes de embarcar para agendas oficial e de campanha, ele voltou a ser questionado sobre o mesmo tema e disse a repórteres nos jardins da Casa Branca “não ter certeza se as eleições serão honestas”. Pouco antes, a porta-voz da Presidência, Kayleigh McEnany, tentou esclarecer a questão, mas acabou por deixar ainda mais confusas as palavras de Trump.

“O presidente vai aceitar os resultados de uma eleição livre e justa. Ele vai aceitar a vontade do povo americano”, declarou, sem dizer exatamente o que seria, para ele, uma eleição livre e justa, e sem responder de forma clara ao questionamento. Na mesma entrevista coletiva, defendeu a posição de Trump sobre o voto por correio, dizendo que ele “não funciona bem”, sem apontar as alegadas falhas.

A hipótese de que a Suprema Corte defina o resultado da eleição pode se concretizar se o resultado da votação em algum dos Estados do país não for reconhecido e algum dos partidos, ou ambos, levar o caso ao máximo tribunal. Foi o que aconteceu em 2000, quando o republicano George W. Bush garantiu sua vitória no Colégio Eleitoral sobre o democrata Al Gore graças à decisão da Suprema Corte de suspender a recontagem na Flórida.

Reação republicana

A declaração de Trump gerou a reação de alguns colegas de partido nessa quinta, incluindo o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, que expressou amplo apoio a uma transferência pacífica do poder. Eles, no entanto, evitaram cuidadosamente qualquer crítica direta ao presidente.

“O vencedor da eleição de 3 de novembro tomará posse em 20 de janeiro”, escreveu McConnell no Twitter. “Haverá uma transição ordenada, assim como ocorre a cada quatro anos desde 1792.”

Os membros do partido trataram o comentário de Trump menos como uma ameaça a um princípio democrático fundamental do que como apenas mais uma provocação do presidente destinada a alimentar o ciclo noticioso — e mesmo os críticos que surgiram tiveram o cuidado de não mencionar Trump diretamente.

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