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Geral Donald Trump sofre ataque inédito de aliados e ex-assessores

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Sem apresentar evidências, o presidente dos Estados Unidos afirmou que pode haver fraude na votação por correio. A data das eleições presidenciais é 3 de novembro. (Foto: Reprodução)

Uma graduada senadora republicana disse estar “em dificuldades” para decidir se daria apoio a Donald Trump, num momento em que o presidente dos EUA enfrenta crescente desaprovação da parte de membros de seu próprio partido e de ex-oficiais militares por sua reação às manifestações de protesto, em grande medida pacíficas.

Lisa Murkowski, senadora do Alasca, disse ver com bons olhos a intervenção de Jim Mattis, um general da reserva que foi secretário da Defesa do governo Trump, que na quarta-feira escreveu uma crítica furiosa em que qualificava seu ex-chefe de um presidente imaturo que “zombou” da Constituição.

Murkowski descreveu as palavras de Mattis como “verdadeiras e sinceras, além de necessárias e pronunciadas mais do que hora”.

Perguntada se conseguiria continuar a dar apoio ao presidente após o tratamento dado por ele aos protestos contra o assassinato de George Floyd pela polícia, Murkowski respondeu: “Estou em dificuldades com isso. E já faz tempo.”

Em sua contundente censura ao presidente, Mattis acusou Trump de tentar dividir o país para fins políticos. “Donald Trump é o primeiro presidente em toda a minha vida que não tenta unir a população americana que nem sequer finge tentar”, escreveu Mattis. “Estamos testemunhando as consequências de três anos desse esforços deliberado. Estamos testemunhando as consequências de três anos sem uma liderança madura.”

Devemos rejeitar qualquer entendimento de nossas cidades como um ‘espaço de batalha’ que nossos militares uniformizados devem ‘dominar’”, escreveu Mattis. “Em casa, devemos usar nossas forças armadas só quando solicitado, em raras ocasiões, pelos governadores. Militarizar nossa resposta, como testemunhamos em Washington, DC, cria um conflito – um conflito falso – entre a sociedade militar e a sociedade civil.”

Trump revidou afirmando que tinha exonerado Mattis em 2018, embora o general da reserva tenha apresentado seu pedido de demissão em uma carta mordaz. John Kelly, general reformado da Marinha que atuou anteriormente como chefe do Gabinete de Trump e é amigo de longa data de Mattis, disse que a lembrança do presidente sobre o fato estava errada.

O presidente não o exonerou. E não pediu para ele se demitir”, disse Kelly ao jornal “The Washington Post”. “O presidente esqueceu, sem dúvida, como as coisas realmente aconteceram, ou está confuso. Ele postou um tuíte muito positivo sobre Jim até começar a ver na Fox News a interpretação do canal sobre sua carta. Aí ficou violento.”

Ex-militares de alta patente fizeram intervenções raras na política para censurar Trump por sua ameaça de invocar a Lei de Insurreições de 1807, que lhe permitiria enviar soldados da ativa às ruas das cidades americanas.

Mike Mullen, um ex-chefe do Estado-Maior respeitado em amplos círculos, disse nesta semana que passou que estava “indignado” pelo fato de as forças de segurança terem recebido ordens de “abrir caminho à força e com violência” para permitir que Trump tirasse uma foto segurando uma Bíblia à porta de uma igreja próxima à Casa Branca.

Mullen disse que Trump tinha encorajado os adversários dos EUA e que “corria o risco de politizar ainda mais os homens e mulheres das nossas Forças Armadas”.

Embora muitos republicanos se mostrem, reservadamente, críticos sobre Trump, poucos estão dispostos a contestá-lo de público devido à sua capacidade de influenciar as disputas primárias deles.

Murkowski disse achar que a declaração de Mattis à revista “The Atlantic” estimularia outros republicanos a falar mais sinceramente e sinalizou que as pessoas “tirariam coragem de suas próprias convicções para se manifestar”.

No começo da semana o senador republicano Ben Sasse criticou a cena na St John’s Church dizendo ser contra “abrir caminho em uma manifestação pacífica para uma foto de propaganda que trata a palavra de Deus como recurso cênico político”. Tim Scott, o único afro-americano republicano do Senado que é aliado próximo de Trump, também fez críticas. “Você deveria usar gás lacrimogêneo para abrir um caminho para que o presidente possa ir tirar uma foto posada de propaganda? A resposta é não”, disse Scott. As informações são do jornal Financial Times.

 

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https://www.osul.com.br/donald-trump-sofre-ataque-inedito-de-aliados-e-ex-assessores/ Donald Trump sofre ataque inédito de aliados e ex-assessores 2020-06-06
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