Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2017
Em depoimento aos procuradores, gravado em vídeo e tornado público nesta sexta-feira (19) pelo STF (Supremo Tribunal Federal), um dos donos da JBS, Joesley Batista, explicou em que contexto se deu a gravação e a que ele e Michel Temer se referiam durante a conversa no Palácio do Planalto.
Batista contou que procurou Temer porque precisava tratar sobre a situação do deputado cassado Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro.
Segundo informou ao MPF (Ministério Público Federal), o delator disse que foi ao Jaburu para relatar que mantinha os pagamentos e para saber como deveria proceder. Ele contou que “entendeu” pela conversa com Temer que deveria manter os pagamentos.
“Eu fui lá dizer que: ‘Olha, o Eduardo está preso, o Lúcio está preso e eu estou, a gente paga lá uma mensalidade pro Lúcio, até hoje, e…'”, disse.
Indagado pela MPF se também pagava algum valor a Cunha, Joesley Batista respondeu: “Pro Lúcio, é uma mensalidade. Pro Eduardo, foi um montante. Depois que ele foi preso, a gente pagou cinco milhões de um saldo de dívidas que tinha, que ele tinha crédito, supostos créditos ilícitos lá de propina, que tinha ficado num saldo anterior…”.
O empresário afirmou que esse crédito estava relacionado a um valor maior, de 20 milhões de reais, referente à renovação do incentivo da desoneração tributária do setor de frangos que Cunha teria apoiado na Câmara dos Deputados.