Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de junho de 2015
O técnico Dunga optou por ficar na defensiva. Não, não é na maneira pragmática de jogar da Seleção Brasileira e sim em relação à suspensão de Neymar. Ele procurou não atacar diretamente o Tribunal Disciplinar da Conmebol, a Confederação Sul-Americana de Futebol, dizendo que cabe ao departamento jurídico da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) se posicionar. Apesar de contrariado, procurou se controlar. E declarou que, caso a suspensão por quatro jogos seja mantida, caberá ao jogador decidir se permanece ou não com o grupo na Copa América.
Na entrevista concedida no final da manhã deste sábado (20), no hotel em que a Seleção está concentrada em Santiago, no Chile, o treinador só foi mais incisivo ao criticar o cartão amarelo recebido por Neymar no jogo contra a Colômbia. Também reprovou a complacência dos juízes com a violência. “Neymar levou 20 faltas violentas durante a partida e depois, numa situação de jogo em que estava desequilibrado, colocou a mão na bola e levou amarelo”, reclamou. “O amarelo deve ser dado a um jogador que meteu a mão na bola quando estava desequilibrado ou quem fez falta violenta? Isso eu pergunto a quem gosta de futebol.”
Mas ele evitou entrar no mérito da suspensão por quatro partidas ao craque – a CBF entrará com recurso para reduzir a pena. “A gente tem as pessoas no jurídico da CBF que vão fazer o contraponto das medidas que foram tomadas contra o Neymar”, explicou.
Férias
Caso a punição seja mantida, Neymar estará fora da Copa América. Então, caberá ao jogador decidir se permanece com o grupo – é um dos líderes e capitão da equipe – ou se desliga para curtir suas férias. “Ficar ou não depende do líder, do jogador. Cada pessoa tem uma reação. A decisão tem de ser tomada pelo jogador”, disse Dunga. “Ele tem de sentir de que forma vai colaborar com o grupo ou se é melhor sair para não transmitir tristeza, amargura.” (AE)