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Brasil Durante o primeiro debate entre os presidenciáveis, 20% das mensagens sobre o assunto no Twitter foram postadas por perfis falsos ou “robôs” da internet

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"Tuítes" tiveram Marina Silva como principal vítima. (Foto: Reprodução)

Uma medição em tempo real no Twitter durante o debate da Band, realizado na noite de quinta-feira, mostra que 20% de todas as publicações que citaram os candidatos à Presidência da República foram feitas por robôs ou perfis falsos. Os dados foram compilados pela empresa AP-Exata, especializada em análise de dados na internet. No total, foram analisadas quase 150 mil postagens.

De acordo com esse levantamento, o uso dos perfis automatizados (estratégia já conhecida na manipulação do debate político nas redes sociais) teve como principal vítima a candidata Marina Silva (Rede). Dos 12.762 tuítes sobre a ex-senadora e ex-ministra, 16,84% foram publicados por contas com tal característica.

De acordo com Sergio Denicoli, diretor da AP-Exata e pós-doutor em comunicação digital, no caso de Marina a ação dos bots foi provavelmente uma espécie de ataque dirigido:

“Em relação aos perfis falsos e robôs, ela foi proporcionalmente a mais visada. Começaram a postar memes depreciativos, numa tentativa de desconstruir a candidata. Em sondagens anteriores já tínhamos visto que a atuação de robôs a favor de Marina é quase zero”.

Antecedente

Recentemente, um levantamento inédito revelou que robôs e perfis falsos programados para fazer publicações foram usados para espalhar mensagens de campanha de três candidatos a presidente nas eleição presidencial de 2014 no Brasil. A preocupação é que a mesma estratégia seja usada neste ano, só que, desta vez, com a divulgação de notícias falsas.

“Na mensagem na rede social, a pessoa que postou tem rosto e nome, mas quem garante que ela existe? Quem garante que você não está vendo o que foi escrito por um perfil falso, por um robô programado para fazer publicações?”, questiona a diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Analisando tuítes publicados durante o pleito passado, a instituição identificou centenas de robôs que compartilharam conteúdo das campanhas oficiais de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (então filiada ao PSB) durante o primeiro e segundo turnos.

“Em uma eleição disputada no limite, no final dela, com dois candidatos muito próximos, se você conseguir uma distorção de 2%, 3%, isso pode significar a vitória de um em detrimento de outro. E isso muda muita coisa”, alerta o diretor de Análise de Políticas Públicas da FGV, Marco Aurélio Ruediger.

Ainda segundo ele, no estudo da FGV não foram encontradas postagens com “fake news”. Os tuítes analisados tinham outro tipo de informação: frases positivas sobre Dilma, Aécio e Marina, além de reproduções de links de sites de campanha dos três candidatos. Ou seja, os robôs falavam bem dos políticos que eles “defendiam”.

Um processo de difusão de uma informação muito repetida em massa, em uma escala grande, que também afeta o processo de escolha porque cria distorções na percepção do que está sendo mais importante nos trending topics.

Quanto mais mensagens falam sobre um mesmo assunto, mais ele parece popular, vira um “trending topic”. No caso de Dilma, 509 robôs replicaram links dos sites de campanha da petista. No dia 25 de outubro de 2014, um perfil publicou um link para baixar o jingle da candidata.

Em seguida, quatro outras contas – duas com a mesma foto e três com nomes de identificação muito parecidos – compartilharam a publicação. Sinal de que são robôs, na avaliação dos pesquisadores.

No caso de Aécio, foram 699 robôs. Nesses perfis falsos que postaram a favor do tucano, o estudo encontrou ao menos um padrão. Dois desses usuários (“Wesley Rodrigues” e “Dario Costa”) tinham a mesma foto de perfil e havia nas imagens uma inscrição em russo.

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