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Lenio Streck E em São Leopoldo manifestantes fizeram continência para a Cloroquina!

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Manifestantes cantaram o hino nacional e, em posição de sentido, prestaram continência para... uma caixa de Cloroquina. (Foto: Reprodução)

Há limites para a burrice. Ou não? Burrice é ciência? Se é ciência, então é possível aprender a ser burro.

Vejo nas redes sociais que, em São Leopoldo, manifestantes cantaram o hino nacional e, em posição de sentido, prestaram continência para… uma caixa de Cloroquina. Até se disse que, pelo absurdo, poderia ser montagem. Bom, se não é vero, é bem trovado. Tem verossimilhança. Se for fake, tal circunstância não altera o pano de fundo desta coluna.

Olhando a imagem, fico com vontade de perder minha primariedade, pegar um relho e sair surrando. Como dizia uma música de Teixeirinha, “eu tundo” (sic). Do “verbo” “tundar”. Eu tundo, tu tundas, ele tunda. Nós tundamos…

Como chegamos a este ponto? De onde vem essa choldra? Agora mesmo há investigação de uma médica que deixou morrer pacientes porque usou a droga mágica, a cloroquina.

Já morreram três centenas de milhares de pessoas. Já não há nem remédio para entubar. Como no medievo, em alguns lugares amarram o paciente para entubar.

Por quê? Seria porque os médicos não trataram os pacientes com remédio para vermes ou cloroquina? Ah, vão se afumentar. O governo federal, fazendo uma leitura falsa de uma decisão do Supremo Tribunal, omitiu-se de enfrentar a pandemia e colocou – e ainda coloca – a culpa nos governadores e prefeitos. Agora corre atrás do prejuízo. Mas, mesmo assim, não admite os erros.

Há campanhas nacionais pelo uso de máscara, distanciamento social etc. Artistas, celebridades fazem o apelo. Médicos pedem para que todos ajudem a impedir a propagação do vírus.

Com o prestígio que tem ou ainda tem, por qual razão o Presidente da República não pede para as pessoas ajudarem? Não, porque ele se sustenta nas camadas como essa de São Leopoldo (ou correlatos).

Poxa, respeitemos as famílias dos mortos. Respeitemos os médicos e enfermeiras que trabalham incansavelmente para debelar essa crise pandêmica que já matou mais gente do que duas bombas atômicas.

Aliás, onde estão esculápio de São Gabriel ou Rosário do Sul quem disse que descobriu a cura? Por que um homem desses não é indicado para o Nobel de Medicina?

Se tratamento precoce (sic) fosse eficiente, por qual razão o mundo não aderiu?

A terra é plana? Bom, tem gente que acha que Adão e Eva existiram. Por que não podem acreditar que o vírus é uma fraude?

Tudo isso me faz deixar de acreditar na humanidade. A estupidez (des)humana fazendo aglomerações. Festas, praias. E depois saem por aí infectando pessoas.

Por que um deputado não propôs a mudança do Código Penal, para enquadrar essa rafanalha infectadora?

Voltando ao início – o caso dos manifestantes de São Leopoldo. O que levaria essa gente a sair de casa, com uma enorme caixa de cloroquina, tocar o hino nacional e prestar continência? Fico imaginando o “jênio” que lidera a turba. A chusma!

Mistério. Desculpem os defensores dos animais, mas só dando com um gato morto na cabeça, como se diz por aí.

 

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https://www.osul.com.br/e-em-sao-leopoldo-manifestantes-fizeram-continencia-para-a-cloroquina/ E em São Leopoldo manifestantes fizeram continência para a Cloroquina! 2021-03-27
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