Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2018
É falsa a imagem que mostra personalidades como o médico Drauzio Varella e o ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa como integrantes de um futuro governo de Fernando Haddad (PT), caso ele vença a disputa com Jair Bolsonaro (PSL) pela Presidência da República.
A equipe da campanha de Haddad disse que não produziu o material e que o candidato não tem tratado sobre a composição de um eventual ministério. O médico Drauzio Varella, colunista do jornal Folha de S.Paulo, afirmou que não falou com ninguém sobre a possibilidade de participar do próximo governo. “Ninguém me procurou e, se procurasse, eu não aceitaria. Fake news”, disse.
A imagem falsa copia o logo e elementos visuais da campanha do petista e diz que um futuro governo Haddad contaria com Drauzio Varella (Ministério da Saúde), general Eduardo Villas Boas (Defesa), Mario Sergio Cortella (Educação), Joaquim Barbosa (Justiça), Luiza Trajano (Desenvolvimento) e Ciro Gomes (Fazenda).
“Qual o limite da loucura do meu adversário?”, questiona Haddad
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, voltou a questionar neste domingo (14) a difusão de notícias falsas pela campanha de seu adversário Jair Bolsonaro (PSL), que chamou de caluniosa. Ele fez ainda um apelo “para eles pararem com isso”. “Aí eles dizem: ‘mas eu não posso me responsabilizar’. Mas quem está pagando por tudo isso? Será que custa barato fazer essa campanha por WhatsApp?”
Após um “encontro com pessoas com deficiência pela democracia”, Haddad listou mentiras das quais seria vítima. Ele questionou o comportamento de Carlos Eduardo, que reproduziu nas redes sociais uma notícia falsa de que o petista defendera o incesto. A publicação, um tuíte com um texto do escritor Olavo de Carvalho, dizia que o candidato pregava a derrubada do tabu do incesto. O autor retirou o texto das redes sociais, explicando-se depois. Mas Carlos Bolsonaro a manteve com a pergunta “é isso que você quer ver governando o País?”
“Qual o limite da loucura do meu adversário? Acusar um oponente de defender o incesto. Onde nós vamos parar?”, questionou Haddad.
Ele também reagiu a acusação feita pela campanha de Bolsonaro de que, se eleito, o petista transformará o Brasil na vizinha Venezuela. Em resposta, Haddad disse que essa é uma tentativa do adversário de desviar atenção sobre seu próprio passado.
“Isso é jogo de cena para desviar a atenção sobre o passado dele, que elogia torturador, que diz para uma colega de parlamento que não a estupra porque ela não merece, que fala mal do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, chamando ele de picareta e vagabundo”, afirmou.
Segundo Haddad, essa é uma estratégia “para mudar de assunto, desviar atenção”.
“Quem tem que responder sobre seu passado é ele, que defendeu a tortura, que defendeu o extermínio de 30 mil pessoas”, acrescentou o ex-prefeito. “Qual é o exemplo que ele está dando? Só fala em morte”, perguntou Haddad.
Em resposta ao adversário, Haddad disse também que o PT nunca violou um princípio democrático nos anos que governou o País e sempre fortaleceu as instituições democráticas.
Ele disse também que Bolsonaro não o enfrenta em debate porque seria confrontado sobre a origem de mentiras difundidas nas redes sociais. “E tem uma razão para ele não participar de debates. Ele não vai poder dizer isso na minha cara, né? Não vai poder afirmar nada do que ele afirma pela internet frente a frente, não vai conseguir sustentar.”