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Armando Burd É preciso distinguir

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O preço do desabastecimento, provocado pela greve dos caminhoneiros, continua sendo pago. (Foto: Leandra Felipe/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A campanha eleitoral começará a 16 de agosto e mais uma vez ouviremos argumentos falaciosos. Governos vão se vangloriar de dados inexistentes e candidatos prometerão novos postos de trabalho. Diante de microfones, falarão à vontade até que se esgote a imaginação. A eles interessam cálculos eleitorais. A tática de mistificar a realidade não é nova.

A criação de empregos depende de investimentos da iniciativa privada em fábricas, fazendas, lojas e outros setores. Ao poder público cabe propiciar um clima adequado, quer dizer, não atrapalhar. Costumeiramente, sabemos o que faz.

Efeito direto

Os juros, ainda altos na comparação com o mercado mundial, são uma forma de impedir o desenvolvimento. O governo brasileiro precisa manter taxa elevada para reter o capital que permite rolar a imensa dívida pública. O ônus se reflete no preço do dinheiro que os empresários tomam emprestado, inibindo o crescimento.

Não dá mais para errar

Muitos candidatos vão formular propostas demagógicas para derrubar o índice assustador de desemprego. Para esses, o esporte preferido é gastar mal o dinheiro dos outros.

Consolida-se a impressão de que os eleitores, desta vez, não se deixarão iludir com ideias fantasiosas e ineficazes.

Famoso jeitinho

A falência ideológica se evidencia: para alguns partidos, entrar numa coligação que será derrotada não vai significar muito. Empossado novo governo, atenderão ao chamado para dar apoio nos legislativos em troca de cargos. É o fascínio por vantagens com todos os balangandãs. Uma lei deveria intervir para evitar a consagração da incoerência.

Estrago

Os consumidores seguem sofrendo as consequências dos 10 dias de desabastecimento nos supermercados. Em média, os preços subiram 3% e não baixaram mais.

Alguns ainda aplaudem a greve dos caminhoneiros.

Sem pressa

A Câmara dos Deputados elegerá, terça-feira, o presidente e o vice da Comissão Especial da Reforma Tributária. O assunto se estende desde 2003, quando o presidente Lula enviou o texto ao Congresso Nacional.

Uma das primeiras iniciativas dos parlamentares foi fatiar a reforma, um modo de desdobrar em capítulos a novela. Enquanto isso, o sistema mostra-se um dos mais complicados do mundo e a carga pesa demasiadamente no bolso dos brasileiros.

Diferença

A 24 de junho de 1998, o Comitê de Política Monetária anunciou a redução da taxa anual de juros, de 21,75 para 21%. A inflação, nos últimos 12 meses, não tinha passado de 3,41%. Explica o motivo de tanta alegria dos banqueiros durante muito tempo.

Mais um recuo

O horário de expediente dos fóruns do Rio de Janeiro, atualmente das 11h às 18h, será antecipado para evitar que juízes, servidores e advogados circulem à noite.

Qual será a medida seguinte diante do crescimento da insegurança e da violência na ex-Cidade Maravilhosa?

Dono da bola

Torcedores brasileiros que estão na Rússia ficam impressionados com as constantes aparições de Vladimir Putin no principal canal de esportes do país, que é estatal. Depois dos jogos, quando os telespectadores querem acompanhar debates entre comentaristas sobre jogos da Copa, entram entrevistas com o presidente há 18 anos no poder. Se isso acontecesse no Brasil, não escaparia de impeachment.

Provocação extra-campo

Terminado ontem o jogo Alemanha 2 X 1 Suécia, o assunto numa roda de amigos passou a ser política internacional. Admiradores da antiga União Soviética não gostaram de ouvir relato sobre a Polônia e a Iugoslávia pós-comunista. A receita dos dois países para derrubar a hiperinflação foi congelar os salários e liberar os preços. Conteve a procura e estimulou a oferta.

Muito além do possível

A frase de Winston Churchill parece ter sido moldada para a realidade brasileira das últimas décadas: “As promessas do candidato são o sepulcro do estadista.”

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/e-preciso-distinguir/ É preciso distinguir 2018-06-24
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